A função das sensações no processo de conhecimento segundo Heráclito. Primeira parte: o uso direto das sensações.
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_12_5Palavras-chave:
Heráclito, Sensações diretas, Conhecimento, EpstemologiaResumo
Este artigo tem o objetivo de determinar qual a função das sensações no processo de conhecimento prescrito por Heráclito e, embora este diferencie o uso direto e indireto dos sentidos, será abordado, aqui, apenas o primeiro caso, aquele sem nenhum tipo de mediação entre a coisa percebida e quem a percebe. Após o exame de fragmentos abordando principalmente os sentidos do olfato, paladar e tato são encontrados os requisitos para obtenção de uma sensação direta apropriada. Tudo começa na coisa percebida que para ser reconhecida propriamente dever ser percebida por um órgão apropriado. Esta apropriação é medida pela capacidade do órgão de distinguir a coisa segundo sua própria natureza. A sensa-ção direta seria responsável pela etapa distintiva no processo, de conhecimento que permitiria a identificação de opostos necessária à sua posterior união. O animal em que o órgão se encontra também é relevante no processo pois há indicações de que as sensações são geradas de acordo com a necessidade de cada espécie, um certo tipo de teleologia. Neste ponto, o caso dos humanos torna-se par-ticular, pois a capacidade de alguma teoria da mente lhes permite identificar as diferenças percebidas em diferentes animais. Assim é introduzido um modo de indiretividade na sensação, ver o que os outros estão sentindo.
Downloads
Referências
BARNES, J. (1979) The Presocratics Philosophers. London, Routledge.BOLLACK, J. WISMANN, H. (1972) Héraclite ou la Séparation.Paris, Éditions de Minuit.DIELS, H.; KRANZ, W. (1960-61) Die Fragmente der Vorsokratiker, vol.1 Berlin, Weidmann.FRÄNKEL, H. (1938) A Thought Pattern in Heraclitus, The American Journal of Philology, Vol. 59, No. 3, p. 309-337.HOMERO; LOUREIRO, F. (2008) (Trad.), Ilíada, Lisboa, Livros Cotovia.KIRK, G. S. (1975) Heraclitus: The Cosmic Fragments.Cambridge, University Press.LIDDEL, H. G.; SCOTT, R. (1996) A Greek-English Lexicon, Oxford, Claredon.LLOYD, G. (2009) Ancient Epistemology, Cambridge, University Press.LONG, A. (2006) (Ed.) The Cambridge Companion to Presocratic Philosophy.Cambridge, University Press.MARCOVICH, M. (2001) Heraclitus:Greek Text wiht a Short Commentary, Sankt Augustin, Academia.PLATÃO; JOWETT, B; EDMAN, I. (1930) (Eds.) The works of Plato.New York, The Modern library.RANKIN, D. (1995) Limits of perception and cognition in Heraclitus’ fragments, Elenchos fasc. 2,p.241-252.SCHOFIELD, M; NUSSBAUM, M. (1982) (Eds.) Language and Logos, Cambridge: University Press.SEDLEY, D. (2002) The Midwife of Platonism, Oxford, University Press.SEXTO EMPÍRICO; PELLEGRIN, P. (Trad.) (1997) Esquisses pyrrhoniennes:introduction, traduction et commentaires, Paris, Editions du Seuil.SHINER, R. (1974) Wittgenstein and Heraclitus, Two River-Images, Philosophy, Vol.49, No. 188., p. 191-197, Abr.SORABJI, R. (1971) Aristotle on Demarcating the Five Senses, The Philosophical Review, Vol. 80, No.1, p. 55-79, Jan.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Celso Oliveira Vieira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Dado o acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista. O conteúdo das publicações é de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
1. Os autores autorizam a publicação do artigo na revista.
2. Os autores garantem que a contribuição é original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.
3. Os autores garantem que a contribuição que não está em processo de avaliação em outras revistas.
4. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License-BY.
5. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line após a publicação na revista.
6. Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
7. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.








