A Documentação Musical do Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto
Proposta de Descrição Arquivística
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-7974_36_2_3Palavras-chave:
Arquivística histórica, Irmandade dos Clérigos, MúsicaResumo
Este artigo procura estabelecer uma ligação entre a música e a ciência da informação, tema ainda relativamente pouco explorado, dada a complexidade da descrição arquivística e a especificidade inerente aos documentos musicais. Para o efeito, foi utilizado como objeto de estudo para este artigo o Acervo Musical do Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto. Em 2015, uma equipa de arquivistas organizou e descreveu arquivisticamente a documentação pertencente à Irmandade. Este Acervo Musical pertenceu ao Coro da Irmandade, fundado em 1768, sendo constituído, maioritariamente, por manuscritos musicais e por algumas edições impressas. Para uma melhor compreensão desta documentação, serão abordados vários aspetos tanto a nível histórico, como musical e arquivístico. Alguma da informação aqui publicada é inédita para a Musicologia portuguesa, visto que esta documentação nunca foi alvo de um estudo científico. Das vinte e oito obras musicais que constituem o Acervo Musical, apenas foram identificados três nomes de compositores, sendo um deles desconhecido no contexto do panorama musical português. São eles: David Perez (1711-1778), António da Silva Leite (1759-1833) e Francisco da Cunha Teles e Meneses (sem informação conhecida). Procura-se, ainda, refletir sobre as ligações entre a música e a arquivística, sublinhando a falta de técnicos especializados em ambas as áreas, para o tratamento de acervos semelhantes, em arquivos públicos e privados. Propõe-se que a música seja encarada apenas como uma diferente tipologia e/ou temática de um documento, não a discriminando e tratando-a como qualquer outro documento de arquivo.
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