Património cultural e investimento público na Região Centro de Portugal.

Estudo de caso dos monumentos património da humanidade

Autores

  • Margarida Cunha Franca, MF Margarida
  • Rui Martins, RM CEGOT- Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território

DOI:

https://doi.org/10.14195/0871-1623_36_7

Palavras-chave:

Recursos do Território, Região Centro, Património Cultural, Política Pública

Resumo

No âmbito dos períodos de programação comunitários, no contexto da região Centro de Portugal, destacamos as iniciativas apoiadas por fundos comunitários, entre 1994 e 1999, que procuraram responder às preocupações europeias de coesão territorial, em particular de valorização do património cultural e turístico existente na região. No passado recente, no contexto Quadro Comunitário de Apoio designado de MaisCentro (2007-2013) identificamos, inclusivamente, o apoio a programas de ação vocacionados para a promoção e valorização do património classificados pela UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization). Estes programas incluíram projetos, materiais e imateriais, de dinamização da rede de Mosteiros Património da Humanidade de Portugal, onde se inclui o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória da Batalha, o Convento de Cristo de Tomar. Na atualidade, no âmbito do período de programação comunitária 2014-2020, encontram-se também previstos apoios financeiros para os investimentos em património cultural que visem promover a conservação e valorização do património cultural, enquanto instrumento de sustentabilidade dos territórios e da sua valorização turística. Como prioridades no Programa Operacional Regional do Centro designado de Centro 2020, foram definidas como prioridades estratégicas a valorização turística de Monumentos Nacionais inscritos na lista do Património Mundial (UNESCO) e Monumentos Nacionais e o contributo para a dinamização económica local, através da criação de emprego e de riqueza, e a programação cultural em rede. As entidades beneficiárias aos fundos comunitários neste âmbito são os municípios, as Comunidades Intermunicipais, a Direção-Geral do Património Cultural, a Direção Regional de Cultura do Centro, entre entidades promotoras. A presente comunicação procura identificar, na região Centro de Portugal, os investimentos já realizados e os projetos a realizar e a sua relação com a atratividade da região, a dinamização económica e turística, a diminuição das assimetrias e o reforço da coesão territorial, bem como a salvaguarda e promoção do património histórico e cultural com elevado interesse turístico (incluindo aquele que já é Património Reconhecido pela UNESCO) e identitário.

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Biografia Autor

Margarida Cunha Franca, MF, Margarida

Margarida Maria Fernandes Henriques da Cunha Miranda da Franca licenciou-se em Geografia, via ensino, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. No ano de 2006 concluiu o Mestrado em Geografia Humana, Planeamento Regional e Local, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a tese intitulada Construção da Cidade Utópica: Planeamento, Planos e Perceção. Coimbra da realidade à utopia.

Retorna à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra para obter o grau de doutoramento em Geografia Humana. Com ligação afetiva à Companhia de Jesus e ao Centro Universitário Manuel da Nóbrega, sediado nesta cidade, procurou conciliar o seu percurso académico com o seu percurso religioso e espiritual e, neste sentido, defendeu a tese intitulada A expressão territorial da identidade religiosa da população católica portuguesa. Estudo de caso na diocese de Coimbra.

 

Atualmente trabalha na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, procurando contribuir para uma leitura geográfica da incidência das políticas públicas para a coesão económica, social e territorial da região Centro do país. Nesta instituição está envolvida em projetos de investigação financiados pelo H2020 e é coordenadora científica de doutorados contratados pela CCDRC no âmbito de Bolsas de Ciência e Tecnologia.

Por motivos profissionais está muito ligada à evolução das políticas púbicas em Portugal, em particular no que diz respeito às políticas de incidência comunitária.

Em termos académicos tem manifestado interesse na área da geografia cultural e da geografia da religião, procurando analisar, em diferentes escalas geográficas e dimensões, as múltiplas identidades e territorialidades das sociedades contemporâneas.

Integra, como investigadora colaboradora, o CEGOT - Centro de Investigação de Geografia e Ordenamento do Território (Universidade de Coimbra) desde 2015 e o CITER - Centro de Investigação de Teologia e Estudos da Religião (Universidade Católica Portuguesa), desde 2017.

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Publicado

2017-12-29