Geografia da religião em Portugal: minorias e diversidade religiosa

Autores

  • Margarida Cunha Franca Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Departamento de Geografia/ CEGOT, CITER – Centro de Estudos de Teologia e Estudos da Religião/ Universidade Católica Portuguesa http://orcid.org/0000-0002-3892-6170
  • João Luis Fernandes, JLF CEIS20 - Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX/ Universidade de Coimbra, CEGOT http://orcid.org/0000-0002-9419-631X
  • Fernanda Delgado Cravidão CEGOT – Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra http://orcid.org/0000-0002-4993-1864

DOI:

https://doi.org/10.14195/0871-1623_38_3

Palavras-chave:

geografia cultural, grupos religiosos minoritários, multiculturalidade, interculturalidade

Resumo

O estudo geográfico dos grupos religiosos minoritários em Portugal assume particular importância na atualidade, período no qual o país consolida a imagem de uma sociedade pós-moderna, cada vez mais aberta, híbrida e plural, mas também fragmentada. As alterações ocorridas no território nacional, sobretudo após o 25 de abril de 1974 e a integração de Portugal na União Europeia a 1 de janeiro de 1986, com as consequentes alterações em muitos setores da sociedade, mostraram um país mais diverso e multicultural, fruto de uma sociedade mais permeável no domínio interno, dotada de maior liberdade de expressão, associação e manifestação. Neste contexto, ocorreu uma maior abertura a outras identidades e culturas, assim como à partilha de valores, comportamentos, atitudes e crenças religiosas. Nos nossos dias, a problemática da(s) espacialidade(s) da religião é igualmente importante quando se pretende entender, de forma mais abrangente, as questões estruturantes da sociedade portuguesa, sendo evidente a integração de Portugal nos grandes ciclos ou movimentos migratórios do século XXI.

 

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Biografia Autor

Margarida Cunha Franca, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Departamento de Geografia/ CEGOT, CITER – Centro de Estudos de Teologia e Estudos da Religião/ Universidade Católica Portuguesa

Margarida Maria Fernandes Henriques da Cunha Miranda da Franca licenciou-se em Geografia, via ensino, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. No ano de 2006 concluiu o Mestrado em Geografia Humana, Planeamento Regional e Local, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com a tese intitulada Construção da Cidade Utópica: Planeamento, Planos e Perceção. Coimbra da realidade à utopia.

Retorna à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra para obter o grau de doutoramento em Geografia Humana. Com ligação afetiva à Companhia de Jesus e ao Centro Universitário Manuel da Nóbrega, sediado nesta cidade, procurou conciliar o seu percurso académico com o seu percurso religioso e espiritual e, neste sentido, defendeu a tese intitulada A expressão territorial da identidade religiosa da população católica portuguesa. Estudo de caso na diocese de Coimbra.

 

Atualmente trabalha na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, procurando contribuir para uma leitura geográfica da incidência das políticas públicas para a coesão económica, social e territorial da região Centro do país. Nesta instituição está envolvida em projetos de investigação financiados pelo H2020 e é coordenadora científica de doutorados contratados pela CCDRC no âmbito de Bolsas de Ciência e Tecnologia.

Por motivos profissionais está muito ligada à evolução das políticas púbicas em Portugal, em particular no que diz respeito às políticas de incidência comunitária.

Em termos académicos tem manifestado interesse na área da geografia cultural e da geografia da religião, procurando analisar, em diferentes escalas geográficas e dimensões, as múltiplas identidades e territorialidades das sociedades contemporâneas.

Integra, como investigadora colaboradora, o CEGOT - Centro de Investigação de Geografia e Ordenamento do Território (Universidade de Coimbra) desde 2015 e o CITER - Centro de Investigação de Teologia e Estudos da Religião (Universidade Católica Portuguesa), desde 2017.

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Publicado

2019-01-04