Uma sociedade que tem o lazer cada vez mais como uma necessidade básica. A evolução do lazer vista pela perspetiva portuguesa.
DOI:
https://doi.org/10.14195/0871-1623_40_2Palavras-chave:
evolução do conceito de lazer, valor social do lazer, lazer na sociedade portuguesa, relações trabalho - lazerResumo
O lazer é atualmente visto como um valor social de referência. Percebido e valorizado como uma forma de descanso, mas simultaneamente de diversão, desenvolvimento e formação pessoal, o lazer afeta uma parte significativa do nosso tempo livre e do nosso livre arbítrio. Neste artigo, é dada particular atenção à explicação e integração dos conceitos de tempo de trabalho, tempo livre e tempo de lazer. Valoriza-se a interpretação dada ao lazer e às mudanças consecutivas que nos trouxeram à compreensão atual das práticas de lazer. São discutidas várias perspetivas de interpretação socioeconómica da valorização do lazer, desde a civilização do lazer até às sociedades do tempo livre, do consumo, do espetáculo, do divertimento, da pós-modernidade e da hipermodernidade. Diante da enorme diversidade de interpretações, propõe-se uma sistematização de síntese sobre os significados das relações entre os elementos socioeconómico e lazer.
Downloads
Referências
Ascher, F. (2005). Le mangeur hypermoderne. Une figure de l’individu éclectique. Paris: Èditions Odile Jacob.
Aubert, N. (2004). L ́individu hypermoderne. Paris: Érès.
Bacal, S. (2003). Lazer e o universo dos possíveis (2nd ed.). São Paulo: Aleph.
Baudrillard, J. (1973). La société de consommation. Paris: Gallimard.
Blyton, P. (2014). Changes in working time (Routledge Revivals): an international review (2nd ed.). New York: Routledge.
Cohen, E. (George S. Wise Professor of Sociology (Emeritus)) (2010). Tourism, Leisure and Authenticity. Tourism Recreation Research, 35(1), 67-73. doi:10.1080/02508281.2010.11081620
Corbett, J. (2005). Torsten Hägerstrand: Time Geography. Retrieved from http://www.csiss.org/classics/content/29
Débord, G. (2003). A sociedade do espetáculo. (R. Guedes, Trans.). São Paulo: Coletivo Periferia.
Dumazedier, J. (1962). Vers une civilisation du loisir? (1st ed.). Paris: Éditions du Seil.
Durkheim, E. (2009). Socialism and Saint Simon. (C. Sattler, Trans.). London: Taylor & Francis.
Elias, N., & Dunning, E. (1992). A busca da excitação. Lisboa: Difel.
Elkington, S., & Stebbins, R. (2014). The serious leisure perspective. Abingdon: Routledge.
Frémont, A. (1980). A região, espaço vivido. Coimbra: Almedina.
Gama, A. (2008a). Fundamentos para uma Geografia do tempo livre. In N. Santos, & A. Gama (Eds.), Lazer - Da libertação do tempo à conquista das práticas (1st ed., pp. 85–105). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Gama, A. (2008b). Notas para uma Geografia do tempo livre (1988). In N. Santos, & A. Gama (Eds.), Lazer - Da libertação do tempo à conquista das práticas (1st ed., pp. 17–28). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. doi:10.14195/978-989-26-0432-9_1
Hourdin, G. (1970). Uma civilização dos tempos livres. (J. Almeida, Trans.). Moraes editores.
Huizinga, J. (1980). Homo ludens - A study of the play-element in culture. (Routledge & Kegan Paul Ltd, Ed.). Redwood Burn Ltd.
Igarza, R. (2009). Burbujas de ocio: nuevas formas de consumo cultural (1ª ed.). Buenos Aires: La Crujía.
Instituto Nacional de Estatística. (2016). Estatísticas do turismo 2015. Lisboa.
Instituto Nacional de Estatística. (2017). Inquérito às despesas das famílias 2015/2016. Lisboa.
Lafargue, P. (1991). O direito à preguiça. (A. Massano, Trans.) (3rd ed.). Lisbon: Teorema.
Lanfant, M. (1972). Les théories du loisir. Paris: PUF.
Langman, L. (1992). Neon cages: shopping subjectivity. In R. Shields (Ed.), Lifestyle shopping - The subject of consumption (pp. 41–82). London: Routledge.
Lipovetsky, G. (2007). A felicidade paradoxal - Ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. Lisboa: Edições 70.
Lipovetsky, G., & Charles, S. (2004). Os tempos hipermodernos. (M. Vilela, Trans.). São Paulo: Barcarolla.
Marques, J. (2013). Turismo de negócios - Convention & visitors bureau na região Centro de Portugal. Universidade de Coimbra.
Martins, L. (2004). Espaços de lazer e de turismo no noroeste de Portugal. Porto: Edições Afrontamento.
Moles, A., & Rohmer, E. (1972). Psychologie de l’espaçe. Paris: Casterman.
Nazareth, L. (2007). The leisure economy: how changing demographics, economics, and generational attitudes will reshape our lives and our industries. Mississauga: John Wiley & Sons, Inc.
Parker, S. (1976). A sociologia do lazer. (H. Gomes, Trans.). Rio de Janeiro: Zahar Editores.
Pronovost, G. (2011). Introdução à sociologia do lazer. (M. Gomes, Trans., L. Camargo, Ed.) (1st ed.). São Paulo: Senac.
Russell, B. (2005). In praise of idleness. New York: Routledge.
Santos, N. (2001). A sociedade de consumo e os espaços vividos pelas famílias. A dualidade dos espaços, a turbulência dos percursos e a identidade social. Coimbra. Cegot, Edições Colibri.
Santos, N. (2013). Do viver para trabalhar ao trabalhar para viver. Uma apologia à sociedade do lazer. In Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova (Ed.), Atas do 1o encontro regional de técnicos de turismo (pp. 1–15). Coimbra: Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova.
Santos, N., & Gama, A. (2008). Os espaços/tempos de lazer na sociedade de consumo contemporânea. In Santos, N. & Gama, A. (Eds.), Lazer. Da libertação do tempo à conquista das práticas (pp.119-130). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Smith, A. (2006). A riqueza das nações. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Stockdale, J. E. (1985). What is leisure? An empirical analysis of the concept of leisure and the role of leisure in people’s lives. London: Sports Council.
Stebbins, R. (2008). Serious leisure. (R. Stebbins, Ed.). New Brunswick and London: Transactions Publishers.
Sue, R. (1980). Le loisir. Paris: PUF.
Sue, R. (1982). Vers une société du temps libre? Paris: PUF.
Touraine, A. (1969). La société post-industrielle. Naissance d’une société. Paris: Denoel.
Tribe, J. (2011). The economics of recreation, leisure and tourism (4th ed.). Oxford: Butterworth-Heinemann.
Veblen, T. (1965). A teoria da classe ociosa. São Paulo: Livraria Pioneira Editora.
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
