Valores contemporâneos do património: A paisagem cultural das Terras do Barroso
DOI:
https://doi.org/10.14195/0871-1623_42_3Palavras-chave:
paisagem cultural, Terras de Barroso (Portugal), gestão sustentável de recursos, arquitectura da paisagem, unidade de paisagemResumo
A divergência sobre as ações de prospeção e exploração de lítio desenvolvidas a partir de 2012, nos concelhos de Montalegre e de Boticas, em Terras do Barroso (Portugal), levanta uma problemática radicada no âmbito do conhecimento e da interpretação do território.
Durante muitos séculos, o isolamento e o modo de viver em terras altas foram a tónica comum às comunidades barrosãs; a implementação pelo território obrigava, por um lado, a uma adaptação às condicionantes do lugar e, por outro lado, a um aproveitamento dos recursos disponíveis. Neste planalto barrosão, a inter-relação entre o homem e a natureza determinou uma unidade de paisagem, construída ao longo dos séculos, cujo equilíbrio foi sendo estabelecido pela conjugação e interdependência entre as condicionantes físicas do lugar e a cultura própria destas comunidades, com os seus usos, costumes, tradições e formas de habitar.
Deste modo, este trabalho pretende contribuir para a compreensão do sistema da paisagem cultural das Terras do Barroso, enquanto unidade composta ao longo do tempo. Recorrendo a um mapeamento teórico e operativo da arquitetura da sua paisagem, identifica-se a inter-relação estabelecida entre as diversas valências, componentes e constantes, levantadas e consideradas para este exercício.
A pertinência da problemática – incidida sobre a necessidade de compreensão dos valores contemporâneos do património, como a paisagem cultural – perspetiva-se a partir do momento que importa articular uma hierarquia de valores, desde os económicos e ambientais, até aos culturais e naturais, para que a qualidade desejável das decisões públicas possa ser alcançada.
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