O tratamento jurídico dos complementos alimentares no contexto da dopagem desportiva: análise à luz de políticas públicas internacionais e da Espanha

Autores

  • Elena Atienza Macías Investigadora da Universidade do Deusto Cátedra Interuniversitária de Direito e Genoma Humano, Universidade do Deusto - País Basco, Espanha
  • Ana Paula Myszczuk Professora do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-6336_14_10

Palavras-chave:

Direito Desportivo, Dopagem desportiva, Complementos Alimentares, Ética e Esporte, Caso Contador

Resumo

O artigo tem como problemática discutir as mudanças nas políticas públicas dos organismos internacionais e nacionais (Espanha), que mudaram a regulação acerca do uso de complementos alimentares, substâncias proibidas no esporte e dopagem. Centra-se nos complementos alimentares e as consequências, para os desportistas, do uso voluntário ou involuntário de substâncias proibidas e a detecção disso em um teste antidopagem. O objetivo do artigo é analisar a regulação desportiva sobre dopagem e o uso de complementos alimentares e a responsabilização objetiva dos desportistas, quando da positivação para substâncias proibidas em teste antidopagem. Para realizar essa análise é utilizado o método bibliográfico e documental, além do estudo de caso (“Caso Contador”). Entre as principais considerações, se verifica: 1. Uma grande porcentagem de resultados positivos em controlem de dopagem é devida a existência de contaminação de suplementos alimentares com substâncias incluídas na “Lista de substâncias e métodos proibidos no esporte”. 2. Um dos fatores de risco principais dos complementos alimentares em relação à positivação de amostras por dopagem é o fato de que muitos desportistas estão utilizando-os com desconhecimento de seus efeitos secundários e das doses recomendadas do produto. 3. A AEPSAD assessora pró-ativamente os desportistas e organizações desportivas espanholas sobre o problema da dopagem involuntária. Para esse fim se vale da ferramenta “selos de qualidade”, que concede certificação de complementos alimentares desenvolvidos e avaliados em conjunto com a Organização Nacional Antidopagem, permitindo ao desportista efetuar uma compra segura de complementos. 4. Para a AMA a educação dos desportistas e seu entorno é um pilar fundamental na luta contra a dopagem. 5. O Código Mundial Antidopagem de 2015 enfatiza a necessidade de implementação de programas educativos baseados na prevenção, com o objetivo de que os desportistas e o pessoal de apoio adquiram conhecimentos específicos nas áreas dos riscos relacionados com o uso de complementos alimentares.

http://dx.doi.org/10.14195/1647-6336_14_10

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Publicado

2015-02-01

Como Citar

Atienza Macías, E., & Myszczuk, A. P. (2015). O tratamento jurídico dos complementos alimentares no contexto da dopagem desportiva: análise à luz de políticas públicas internacionais e da Espanha. Debater a Europa, (14), 243-265. https://doi.org/10.14195/1647-6336_14_10