A aplicação do GPR na análise de estabilidade de taludes

Autores

  • Maria Parizzi Universidade Federal de Minas Gerais
  • Paulo Aranha Universidade Federal de Ouro Preto
  • Frederico Sobreira Universidade Federal de Minas
  • Terezinha Galvão Universidade Federal de Minas

DOI:

https://doi.org/10.14195/2184-8394_106_2

Palavras-chave:

geofísica, GPR, escorregamentos, análise de estabilidade

Resumo

Este trabalho demonstra a aplicabilidade do GPR (Radar de Penetração no Solo) no estudo de estabilidade de três taludes urbanos, localizados na região metropolitana de Belo Horizonte, Brazil. Os taludes foram denominados de Patagônia, Planetóides e Rio Acima, e são constituídos, respectivamente, por filito, de pósitos de tálus, e xisto. A cada período chuvoso, todos sofrem sucessivos escorregamentos, responsáveis por graves danos materiais. O uso do GPR permitiu a identificação de estruturas em subsuperfície, tanto dos ma ciços rochosos quanto dos maciços de solo, e possibilitou a execução da análise das rupturas dos taludes. No Talude Patagônia, os perfis de geofísica possibilitaram a detecção da profundidade e geometria da superfície de ruptura planar do último escorregamento ocorrido no maciço de filito. No Talude Planetóides, foi possível detectar a espessura do depósito de tálus que repousa sobre um maciço de filito, e também a presença de mais de uma superfície de ruptura circular. No Talude Rio Acima, a investigação geofísica possibilitou a detecção da disposição e intensidade das fraturas e da xistosidade em profundidade, condicionantes de rupturas planares no maciço de xisto. A análise dos dados do GPR, juntamente com outros métodos geotécnicos tradicionais de análise de estabilidade, permitiu a identificação dos condicionantes e mecanismos de ruptura dos taludes, comprovando ser a técnica de grande utilidade em análises de estabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abramson, L. W., Lee, T. S., Sharma, S., Boyce, G. M. 2001. Slope Stability and Stabilization Methods. New York, John Wiley (2 ed.). 712 p.

Balaam, N. P. 2001. Slope Stability Analysis – User´s Manual for Program XSlope for Windows. Centre for Geotechnical Research – University of Sydney, Sydney. 98 p.

Barton, N., Lien, R., Lunde, J. 1974. Engineering Classification of Rock Masses. Rock Mechanics. 6 (4): 189-236.

Bieniawski, Z. T. 1989. Engineering Rock Mass Classification. New York, John Wiley. 215 p.

Bishop, A.W. 1955. The Use of the Slip Circle in the Stability Analysis of Earth Slopes, Geotechnique. (5): 7-17.

Bishop, A.W., Morgenstern, N. 1960. Stability Coefficients for Earth Slopes. Geotechnique. 10 (4): 129-147.

CPRM, 1996. Projeto Rio das Velhas. Belo Horizonte, CPRM. 203 p. (Texto, Vol. 1).

Duncan, J. M. 1996. Soil Slope Stability Analysis. In: Turner, A. K, Schuster, R.L. (ed.). Landslides -Investigation and Mitigation, Special Report 247. Washington, National Academy Press. 337-371.

Fernandes, G. 2000. Caracterização Geológico-Geotécnica e Propostas de Estabilização da Encosta do Morro do Curral-Centro de Artes e Convenções de Ouro Preto. Escola de Minas, Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Dissertação de Mestrado. 136 p.

Fontoura, S. A. B., Campos, L. E. P., Filho, L. M. C. 1984. A Reanalysis of Some Slides in Gneissic Residual Soils. In: Proceedings of IV International Symposium on Landslides, Toronto, 1: 625-629.

Gomes Correia, A. 1988. Revisão da Classificação de Solos para Propósitos de Engenharia. Geotecnia. 52: 75-90.

Hoek, E., Bray, J. 1981. Rock Slope Engineering. London, IMM & Elsevier Applied Science. 527 p.

Hoek, E., Brown, E. T. 1980. Underground Excavations in Rock. London, Institution of Min. Metall., 527 p.

Hoek, E., Carranza-Torres, C. T., Corkum, B. 2002. Hoek-Brown Failure Criterion-2002 Edition. In: Proc. North American Rock Mechanics Symposium. Toronto, 1-7.

ISRM – International Society for Rock Mechanics. 1983. Métodos para a Descrição Quantitativa de Descontinuidades em Maciços Rochosos. São Paulo, ABGE e Comitê Bras. de Mec. das Rochas. 132 p. (Tradução n.º 12).

Kroeger, E. B. 1999. Slope Stability Software. 1: 1-3, <http://www.engr.siu.edu/mining/kroeger>

Kroeger, E. B, 2000. Analysis of Plane Failures in Compound Slopes. International Journal of Surface Mining, Reclamation and Environment. 14: 215-222.

Rocscience Inc. 2002. Roclab-Rock Mass Strengh Analysis Using the Hoek-Brown Failure Criterion – User’s Guide. Toronto, Rocscience. 25 p.

Santos, A. R. 2002. Geologia de Engenharia – Conceitos, Métodos e Prática. São Paulo, ABGE IPT. 219 p.

Souza, L. A. P., Silva, R. F., Iyomasa, W. S. 1998. Métodos de Investigação. In: Oliveira A. M. S., Brito S. N. A (ed.). Geologia de Engenharia. São Paulo, ABGE. 163-196.

Telford, W. M., Geldart, L. P., Sheriff, R. E. 1990. Applied Geophysics. Cambrige, University Press. 770 p. Terzaghi, K., Peck, R. B. 1967. Soil Mechanics in Engineering Practice. New York, John Wiley. 659 p.

##submission.downloads##

Publicado

2006-03-21

Edição

Secção

Artigos