Uso de parâmetros geotécnicos como indicadores da erodibilidade de solos
DOI:
https://doi.org/10.24849/j.geot.2018.142.03Palabras clave:
Erosão, erodibilidade, parâmetros geotécnicosResumen
Processos erosivos têm-se mostrado eficazes modificadores da paisagem e, dessa forma, têm sido objeto de estudo de diversas áreas do conhecimento, tais como a geografia e a geotecnia. Assim, a literatura apresenta diversas propostas de correlações entre características intrínsecas dos solos e a susceptibilidade dos mesmos à erosão, as quais poderiam auxiliar na identificação e previsão de áreas mais propensas à ocorrência de tais processos. O estudo tem como objetivo analisar as adequabilidades e representatividades de algumas dessas correlações. Amostras de dois solos selecionadas com base nas feições erosivas que apresentavam em campo foram submetidas a ensaios de laboratório, a fim de determinar alguns dos parâmetros geotécnicos apontados na literatura como indicadores da erodibilidade. Dessa forma, podem-se verificar quais correlações são satisfatoriamente representativas dos comportamentos que os solos apresentam em campo. Os resultados encontrados apontam que os diferentes critérios sugeridos na literatura apresentam, muitas vezes, divergências entre si e em relação ao observado in loco, o que deixa evidente que os mesmos ainda apresentam limitações e requerem muito cuidado quanto às suas utilizações.
Descargas
Citas
ABNT (1986). Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6457. Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. Rios de Janeiro.
ABNT (1984a). Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6459. Determinação do limite de liquidez. Rio de Janeiro.
ABNT (1984b). Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7180. Determinação do limite de plasticidade. Rio de Janeiro.
ABNT (1984c). Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7181. Solo – análise granulométrica. Rio de Janeiro.
Araujo, R. C.; Campos, T. M. P. (2013). Uso dos Ensaios de Penetração de Cone, Desagregação, Sucção e Resistência à Tração para Avaliar a Erodibilidade. Geotecnia (Lisboa), v. 128, p. 67-85.
Atlas do Maranhão. (2002). Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Laboratório de Geoprocessamento – UEMA, São Luís: GEPLAN. 44p.
Bertoni, J.; Lombardi Neto, F. (2008). Conservação do solo. Icone, 6ª ed. São Paulo, 355p.
Bouyoucos, G. W. (1935). The clay ratio as a criterion as susceptibility of soils to erosion. J. Amer. Soc. Agron., Madison, Wisc., 27:738-741.
Curtaz, F.; Stanchi, S.; D’Amico, M. E.; Filippa, G.; Zanini, E.; Freppaz, M. (2014). Soil evolution after land-reshaping in mountains areas (Aosta Valley, NW Italy). Agr. Ecosyst. Environ., 199, 238–248.
Fácio, J.A. (1991). Proposição de uma metodologia de estudo da erodibilidade dos solos do Distrito Federal. Dissertação de Mestrado em Geotecnia, UnB, Brasília, DF.
Fonseca, A.M.M.C.C.; Ferreira, C.S.M. (1981). Metodologia para Determinação de um Índice de Erodibilidade de Solos. Simpósio Brasileiro de Solos Tropicais em Engenharia, Rio de Janeiro, RJ.
Gray, D.H.; Leiser, A.T. (1989). Biotechnical Slope Protection and Erosion Control. Kriege Publishing Company, Malabar, Florida.
Lima, M.C. (1999). Contribuição ao Estudo do Processo Evolutivo de Boçorocas na Área Urbana de Manaus. Dissertação de Mestrado em Geotecnia, UnB, Brasília, DF.
Manningel, A.R.; Carvalho, M.P.; Moreti, D.; Medeiros, L.R. (2002). Fator erodibilidade e tolerância de perda dos solos do Estado de São Paulo. Acta Scientiarum. Maringá, v. 24, n. 5, p. 1335-1340.
Maranhão, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro. (1998). Macrozoneamento diagnóstico ambiental da microregião de aglomeração urbana de São Luís e dos municípios de Alcântara, Bacabeira e Rosário. Estudo de Pedologia e cobertura vegetal. São Luís, SEMA/GERCO, 186 p.
Meira, F.F.D.A. (2008). Estudo do Processo Erosivo em Encostas Ocupadas. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE.
Meireles, J.M.F. (1967). Erosão de taludes de estradas. In: Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil, 2. Rio de Janeiro/RJ - São Paulo/SP. Anais, p. 204-211.
Menezes, M.B.M. (2010). Análise da influência do teor de umidade na absorção d´água e sucção dos solos em estudos de erodibilidade. Dissertação de Mestrado em Geotecnia. Escola de Engenharia de são Carlos da Universidade de São Paulo, São Carlos, SP.
Molinero Junior, J. A. (2010). Estudo Geotécnico dos Solos de Erosões Resultantes de Intervenções em Rodovias. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG.
Mortari, D. (1994). Caracterização geotécnica e análise do processo evolutivo das erosões no Distrito Federal. Dissertação de Mestrado em Geotecnia, UnB, Brasília, DF.
Nogami, J.S.; Villibor, D.F. (1981). Uma Nova Classificação de Solos para Finalidades Rodoviárias. Simpósio Brasileiro de Solos Tropicais em Engenharia, Rio de Janeiro, RJ.
Santos, C.A. (2001). Comportamento hidrológico superficial, subsuperficial e a erodibilidade dos solos da região de Santo Antônio do Leite, distrito de Ouro Preto – Minas Gerais. 107 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG.
Santos, M.P.P. (1953). A new soil constant and its applications. Proceedings of the Third International Conference on Soil Mechanics and Foundation Engineering, v.1, Zurique, Suíça.
Santos, M.P.P.; Castro, E. (1966). Soil Erosion in Roads. Memória Nº.282, LNEC, Lisboa.
Santos, M.P.P.; Castro, E. (1967). Estudo sobre erosão em taludes de estradas. 2° Jornal Luso Brasileiro Engenharia Civil. Rio de Janeiro, São Paulo.
Santos, R.M.M. (1997). Caracterização Geotécnica e Análise do Processo Evolutivo das Erosões no Município de Goiânia. Dissertação de Mestrado em Geotecnia, UnB, Brasília, DF.
Silva, A. S. (2007). Análise morfológica dos solos e erosão. In: GUERRA, A. J. T.; SILVA, A. S; BOTELHO, R. G. M. Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. 3aed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Silva, T.P.; Viana, J.D.; Abreu Junior, F.C.; Morais, M.S.; Lisboa, G.S.; Bezerra, J.F.R. (2014). Análise Morfológica dos Solos nas Voçorocas Araçagi I e II no Município de São José de Ribamar. REVISTA GEONORTE, Edição Especial 4, V.10, N.1, p.21– 27.
Stanchi, S., Freppaz, M., and Zanini, E. (2012). The influence of Alpine soil properties on shallow movement hazards, investigated through factor analysis. Nat. Hazards Earth Syst. Sci., 12, 1845–1854. doi:10.5194/nhess-12-1845-2012.
Stanchi, S.; D’Amico, M.; Zanini, E.; Freppaz, M. (2015). Liquid and plastic limits of mountain soils as a function of the soil and horizon type. Catena, 135, 114–121.
Stephan, A.M. (2010). Análise de processos erosivos superficiais por meio de ensaios de Interbitzen. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
Villibor, D. F.; Nogami, J.S. (2009). Pavimentos econômicos - tecnologia do uso dos solos finos lateríticos. São Paulo: Arte e Ciência