Processos de instabilização em falésias: estudo de um caso no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14195/2184-8394_114_4Palavras-chave:
Movimentos de massas, falésia, erosão, escorregamentos, ravina, voçorocaResumo
Este trabalho apresenta e discute os mecanismos de ruptura observados ao longo de 16 km de falésias no Município de Tibau do Sul, no litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. A área em estudo é formada por taludes com altura variando de 20 a 40 metros. Foram identificados três perfís típicos: o primeiro é vertical; o segundo apresenta duas inclinações, vertical na parte inferior e ângulo de 40° a 60° com a horizontal na parte superior; o terceiro possui inclinação entre 40° a 60° ao longo de toda a altura do talude. Os mecanismos observados estão relacionados com a ocorrência de chuva. Ensaios de cisalhamento direto mostraram que os solos da área apresentam perda de resistência quando inundados. Nos perfis verticais foram observados quedas, tombamentos e escorregamentos, na parte superior do talude. Nos taludes com inclinação entre 40° a 60° foram observados erosão na face do talude e escorregamentos. A ação do mar na base dos taludes provoca a formação de incisões na base, que por sua vez desestabilizam a parte superior.
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