Cinema. O conforto de viajar sem sair do sítio, através do presente, do desejo e da memória

Abstract

Resumo

Este texto-viagem baseia-se na reciprocidade entre cidade e cinema, e a consequente operatividade disciplinar. Percorrendo o discurso reinventado e recentrado sobre a cidade - de Le Corbusier a Aldo Rossi, e a prática cinematográfica seja na criação de cidades que não existem seja na crítica à cidade moderna - de Jean-Luc Godard a Pedro Costa, esta viagem deixa em aberto a multiplicidade de leituras da cidade e das suas formas que o cinema desenha, testando a força ideológica das imagens que arquivamos na memória, e recupera o carácter fragmentário ou de continuidade da Montagem, como auxiliar operativo na síntese entre Cidade do Desejo e Cidade da Memória, para um possível desenho urbano em jeito Collage, afirmando o seu carácter de potencial transformador e refundador de parte da própria cidade.

Abstract

This text-journey is based on the reciprocity between city and cinema, and its consequent disciplinary engagment. Drawing on the reinvented and recentered discourse of the city - from Le Corbusier to Aldo Rossi, and on the cinematographic practice whether  in the creation of cities that do not exist or in the criticism of the modern city – from Jean-Luc Godard to Pedro Costa, this journey - drawn by cinema - leaves the multiplicity of readings of the city and its forms open. As an operative support in the synthesis between City of Desire and City of Memory, and towards a possible urban design in a Collage Way, this journey,  by stressing part of the city´s transforming and refounding potential character, also tests the ideological strengh of images that we keep in memory and retrieves the fragmentary or continuity nature of Montage.