Ideias da Arquitectura Portuguesa em viagem

Abstract

Português

No presente artigo, propomo-nos delinear alguns itinerários que a Arquitectura Portuguesa percorreu fora do território nacional e identificar os protagonistas com quem viajou rumo ao reconhecimento internacional que detém actualmente. Referência será feita a casos como Eduardo Anahory e a publicação World Architecture em Inglaterra, entre outras da década de 50 e 60. Expor-se-á como as viagens do arquitecto Nuno Portas e o interesse de arquitectos e editores do Sul da Europa, como por exemplo Oriol Bohigas, Vittorio Gregotti, Bruno Alfieri ou Bernard Huet, oriundos de Espanha, Itália e França, ou os encontros em seminários com a presença de nomes como Aldo Rossi, entre outros, fizeram do ano de 1976 um ano de autêntica viragem, de colocação da Arquitectura Portuguesa sob os holofotes da cena internacional arquitectónica. Em grande medida, os arquitectos Portugueses mostraram e ensinaram então, aos seus congéneres internacionais, hipóteses de saídas para a chamada Crise do Movimento Moderno. E, seriam necessários poucos anos, para que passássemos de uma situação de ser forçados a sair, para atrairmos outros a viajarem ao interior do nosso País e Arquitectura.

Inglês

The present article aims at presenting some of the itineraries that the Portuguese Architecture has gone through abroad while identifying the main protagonists it travelled with towards the achievement of a widely international recognition. It will be referred cases like Eduardo Anahory and the World Architecture edition in England, among others of the 50s and 60s. The importance of trips taken by the architect Nuno Portas and the interest of architects and editors from South of Europe like, for instance, Oriol Bohigas, Vittorio Gregotti, Bruno Alfieri or Bernard Huet, from Spain, Italy and France, or the meetings and seminars arranged by and with the presence of relevant names like Aldo Rossi, among others contributed decisively to make the year of 1976 a turning point. The international attention was focussed on the Portuguese Architecture putting it under the lights of the international architectural scene. The Portuguese architects showed and taught then to their international colleagues, possibilities for the solution of the so-called Crisis of the Modern Movement. Within a few years, the situation was reversed: it was our turn to attract them to visit our country and to know its Architecture.