O lugar do projecto no final do 1º Ciclo de Bolonha
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8681_4_14Palavras-chave:
Ensino da Arquitectura, Projecto, BolonhaResumo
O novo lugar ocupado pela disciplina, no final de um primeiro ciclo de aquisição de conhecimentos básicos sobre a cultura e a prática da arquitectura - a nova licenciatura pós-Bolonha - impõem-lhe a necessidade de um fecho, em que os alunos tenham a oportunidade de uma demonstração cabal e completa, não só do domínio de competências básicas de projecto para a resolução dos problemas com que sucessivamente se confrontam, mas também da sua problematização num quadro mais vasto. É neste sentido que os seus programas, não se devem centrar unicamente na formulação de um problema de projecto e nos termos da sua resolução. Devem sim constituir um conjunto de oportunidades de trabalho e pesquisa complementares, das tecnologias, à história da arte, da arquitectura ao urbanismo, ancoradas em períodos específicos de estudo e investigação. Do ponto de vista dos conteúdos temáticos, os objectivos da disciplina, devem consolidar e sistematizar o trabalho de projecto enquanto aproximação à prática profissional, cuja simulação mais estrita apenas se deverá experimentar no segundo ciclo de formação. Nessa consolidação e sistematização, entende-se- que a prática da arquitectura (a resolução de um problema) deva ser experimentada tendo como origem uma teoria da arquitectura (reflectir sobre uma problemática). Por outras palavras, a solução a projectar não deve decorrer, em sequência simples ou directa, do problema que o projecto coloca através apenas do nexo de um Sítio mais um Programa, operado através do uso de um conjunto de ferramentas, técnicas, figurativas, de boas práticas regulamentares, etc., mas sim da possibilidade de o conceptualizar, ou seja, de o compreender não apenas nos limites que ele parece colocar mas, transcendendo esses limites, de o englobar e relacionar com famílias de problemas mais gerais.
É neste quadro que a comunicação, através da identificação de estratégias didácticas específicas aplicáveis ao ensino do projecto naquele momento de mudança de ciclo, procurará reflectir e inscrever-se no debate sobre os caminhos pelos quais ele deve procurar constituir-se como um modo privilegiado de desenvolver as capacidades de promover processos críticos de interpretação e formulação do mundo construído.
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