'As Únicas Coisas Nobres Que a Vida Contém'
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-8830_1-1_5Palavras-chave:
Órgãos dos sentidos, Fenomenologia da percepção, Média, AparelhosResumo
No Livro do Desassossego afirma-se a certa altura que «Ver e ouvir são as únicas coisas nobres que a vida contém. Os outros sentidos são plebeus e carnais.» O que sucede se na nossa leitura de Pessoa, e levando à letra as implicações desta afirmação, substituirmos o visível pelo óptico e o auditivo pelo acústico? Ou seja, se lermos o sujeito pessoano não tanto como um corpo-sem-órgãos em permanente produção de sensações, mas antes como um corpo que solicita os média (e os aparelhos) enquanto pré-condição da sua exteriorização?
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