Quando um Discurso Geralmente Valorizado Não é Bem‑ Vindo: O Caso da Expressão da Crença Num Mundo Geral Justo por Um Membro (Fictício) da Elite Financeira
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-203X_50_2Palavras-chave:
Crença num mundo justo, elites, imoralidade percebida, discursos moralizantes, puniçõesResumo
Pretendemos mostrar que uma ideia geralmente valorizada (“mundo justo”), nomeadamente no contexto financeiro, quando expressa por pessoas comuns, se torna paradoxalmente num sinal de imoralidade quando expressa pela elite financeira. Participantes de Portugal e Espanha leram o caso fictício (inspirado em acontecimentos reais) de “George M.”, um membro estereotípico da elite financeira. Aleatoriamente os participantes leram que o alvo teria exprimido a ideia de que o mundo é justo ou injusto para as pessoas em geral, avaliaram a sua imoralidade e indicaram quanto lhe desejavam um conjunto de acontecimentos. Comparando o alvo que exprimiu “mundo não justo”, o que exprimiu “mundo justo” foi avaliado como mais imoral. Este julgamento predisse maiores desejos de acontecimentos negativos. Estes resultados desaconselham o recurso, por parte da elite, a discursos moralizadores que terão o efeito oposto ao pretendido.
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