Padrões dos IPOs na Euronext Após a Crise Financeira Global de 2007‑2008
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-203X_52_6Palavras-chave:
IPO, Euronext, subavaliação, condições de mercado, sentimento do investidorResumo
O presente artigo analisa os padrões de avaliação de 161 IPOs que ocorreram entre 2009 e 2017 nos mercados Euronext de Amesterdão, Bruxelas, Lisboa e Paris. Em média, para todos os IPOs, o primeiro dia do evento apresenta um retorno de 1,4% e um retorno ajustadoao setor de 1,2%. Após um ano, os retornos médios são ligeiramente maiores, cerca de4,5%, enquanto os retornos médios ajustados são negativos, cerca de ‑2,7%.Os retornos doprimeiro dia são menores enquanto os retornos de longo prazo são maiores do que aquelesapresentados noutros estudos, em particular naqueles que consideram um período que sesobrepõe, pelo menos em parte, àquele utilizado na presente análise. O setor dos Cuidadosde Saúde é aquele que apresenta uma maior subavaliação inicial, com um retorno ajustadoao setor de 2,3%, enquanto os IPOs no sector Tecnológico apresentam o pior desempenhoanual, com um retorno ajustado de ‑29,5%.Os resultados suportam as hipóteses de condiçõesde mercado e de sentimento do investidor, de acordo com as quais, quando as condiçõesde mercado são más (crises), os investidores não‑informadosnão são tão ativos e otimistasno mercado dos IPOs, o que resulta numa subavaliação inicial e num subdesempenho delongo prazo menores. Uma explicação possível para estes resultados é que a crise financeiraglobal reduziu persistentemente a atividade e o otimismo dos investidores não‑informadosno mercado de IPOs, mesmo quando o mercado acionista europeu e a economia em geraljá se encontravam numa fase subsequente de recuperação.
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