Fantasmas, Mitos e Ritos da Avaliação das Aprendizagens
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8614_40-3_9Resumo
A avaliação das aprendizagens tem sido sistematicamente condicionada por concepções implícitas e por práticas rotineiras, relativamente estáveis no tempo. Dentre elas destacam-se (a) a reprodução de modelos de ensino expositivo e de avaliação positivista, com os quais os professores convivem durante muito tempo antes de entrarem na profissão, (b) a busca da objectividade na avaliação e a sua redução a uma função classificativa, o que a torna punitiva e angustiante (c) a utilização sistemática e quase exclusiva de estratégias de ensino centradas no professor e na transmissão de conteúdos académicos e (d) a utilização também sistemática e praticamente exclusiva de técnicas de testagem. Tais concepções, que configuram verdadeiros fantasmas, na medida em que determinam profundamente a forma como os professores vivem e pensam, assentam num mito essencial – o da objectividade da avaliação - e sustentam práticas avaliativas ritualizadas. Face a tais fantasmas, mitos e ritos, os dados de investigação pouco têm podido e a necessidade de inovação, que deles resulta, tem-se mantido praticamente afastada das concepções e das práticas avaliativas dos professores. Entretanto, o mundo, os alunos, e o currículo alteraram-se profundamente e exigem mudanças profundas no ensino-aprendizagem – de um paradigma do ensino para um paradigma da aprendizagem – e na avaliação – de um paradigma positivista para um paradigma alternativo e construtivista.Downloads
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Publicado
2006-12-01
Como Citar
Barbosa, J., & Neves, A. (2006). Fantasmas, Mitos e Ritos da Avaliação das Aprendizagens. Revista Portuguesa De Pedagogia, (40-3), p. 219-235. https://doi.org/10.14195/1647-8614_40-3_9
Edição
Secção
Artigos
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