Bócio endémico: desenvolvimento somático e desempenho escolar

Autores

  • J. A. Zagalo-Cardoso Universidade de Coimbra
  • Rosaly Infante Universidade de Coimbra
  • Henrique Mendes

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-8614_41-1_12

Resumo

Neste trabalho, pesquisaram-se possíveis efeitos do «bócio endémico», no desenvolvimento somático e no desempenho escolar, em alunos da Escola EB 2/3 de Oleiros, cujo concelho integra, desde 1969, a única zona endémica reconhecida no nosso país. Verificaram-se diferenças significativas da distribuição de frequências entre alunos sem (grupo de controle; n=34) e com (grupo experimental; n=54) bócio, quanto às variáveis peso (gl=1; c2=5.09; p<.05), estatura (gl=1; c2=16.52; p<.001) e anos escolares perdidos (gl=1; c2=5.07; p<.05), sendo mais favoráveis aos primeiros do que aos segundos. No tocante à variável rendimento escolar, observou-se esse tipo de diferença, apenas, entre o grupo sem bócio e o subgrupo de maior gravidade (graus 1B e 2), (gl=1; c2=8.08; p<.05). Relativamente à variável recurso a apoio pedagógico suplementar, não se verificou qualquer diferença. Deste modo, evidenciaram-se efeitos adversos do bócio endémico ao nível do desenvolvimento somático (estato-ponderal) e, também, do desempenho escolar, que tornam recomendável a prossecução do programa profiláctico e a implementação de medidas de Educação para a Saúde. Todavia, há limitações da investigação decorrentes, designadamente, da necessidade de controlar melhor a variável estatuto socioeconómico.

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Publicado

2007-01-01

Como Citar

Zagalo-Cardoso, J. A., Infante, R., & Mendes, H. (2007). Bócio endémico: desenvolvimento somático e desempenho escolar. Revista Portuguesa De Pedagogia, (41-1), p. 211-235. https://doi.org/10.14195/1647-8614_41-1_12

Edição

Secção

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