Percepção da comunidade litorânea do estado do Paraná-Brasil sobre riscos ambientais
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-7723_32-extra1_21Palavras-chave:
Zona costeira, vulnerabilidade, desastresResumo
O objetivo desta pesquisa foi estudar a percepção da população do Litoral do estado do Paraná, sobre riscos ambientais, pois esta região possui o maior remanescente da Mata Atlântica do Brasil, está sob forte influência antrópica, e historicamente já sofreu eventos climáticos extremos. Foi aplicado um questionário em uma amostra composta por 395 pessoas moradoras da região, englobando o perfil socioeconômico, a percepção sobre riscos ambientais e os traços de personalidade dos respondentes. A principal contribuição do estudo é demonstrar que a percepção dos riscos é de nível moderado, significativo e positivo com 4 dimensões da escala de traços de personalidade sendo elas: extroversão, conscienciosidade, amabilidade e abertura. O trabalho fornece insights valiosos para compreender como os fatores psicológicos podem influenciar a avaliação subjetiva de situações de risco ambiental.
Downloads
Referências
Almeida, A. (2021). A ciência da avaliação do risco: evidenciação de limites epistemológicos inevitáveis. Revista Territorium - Revista Internacional de Riscos, 28(II): A Ciência e a Redução do Risco. Editores: RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança; IUC - Imprensa da Universidade de Coimbra, ISSN: 0872-8941, Coimbra, 135-144. DOI: https://doi.org/10.14195/1647-7723_28-2_10
Alvarez, C., Stape, J., Sentelhas, P., Gonçalves, J., & Sparovek, G. (2013). Köppen’s Climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(6), 711-728. DOI: https://doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507
Bäccman, C., & Carlstedt, B. (2010). A construct validation of a professional focused personality questionnaire (PQ) versus the FFPI and the SIMP. European journal of Psychological Assessment, 26(2), 136-142. DOI: https://doi.org/10.1027/1015-5759/a000019
Barenbaum, N., & Winter, D. (2010). History of modern personality theory and research. Handbook of personality: Theory and research, 2, 3-27.
Beer, T., & Ismail-Zadeh, A. (2003). Risk science and sustainability: science for reduction of risk and sustainable development of society. Kluwer Academic, Netherlands: NATO Science Series.
Bigarelha, J. J. (1978). Serra do mar e a porção oriental do estado do Paraná. Um problema de segurança ambiental nacional. ADEA, Governo do Paraná, Secretaria do Estado do Planejamento, Curitiba, 248 p.
Bolin, R. Natural disasters. In Gist, R., & Lubin, B. (Eds). (1989). Psychological aspects of disaster, 61-85.
Brito, A.G.M., & Almeida, (2023). L.Q.Socio-environmental Vulnerability to Drought in the Seridó Potiguar, Brazil: Building Indicators. Sociedade e Natureza, v.35, 1-17. DOI: https://doi.org/10.14393/SN-v35-2023-67826x
Bruni, A. (2011). Estatística aplicada à gestão empresarial (3a ed). São Paulo, SP: Atlas.
Casagrande, A. (2017). Urbanização e Gestão do Risco de Erosão de Solos no Estado do Paraná. 1. ed. Saarbrücken, Germany: OmniScriptum AraPers GmbH (Novas Edições Acadêmicas), 160 p.
Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres - CEGERD (2022). O Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres atendeu 581 ocorrências em 2022 [Portal de Notícias]. Recuperado de https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Centro-de-Gerenciamento-de-Riscos-e-Desastres-atendeu-581-ocorrencias-em-2022
Coêlho, A. (2007). Percepção de risco no contexto da seca: um estudo exploratório. Psicologia para América Latina, (10). Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2007000200012
Confalonieri, U. (2015). Variabilidade climática, vulnerabilidade social e saúde no brasil. Terra livre, 1(20), 193-204. Recuperado de: https://publicacoes.agb.org.br/index.php/terralivre/article/view/185
Cunha, A., & Silva, D. (2009). Construção e validação de um questionário de atitudes frente às relações cts. Viienpec, p. 9.
Dake, K. (1992). Myths of nature: culture and social construction of risk. Journal of social issues, 48(4), 21-37. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-4560.1992.tb01943.x
Dauphiné, A. (2001). Risques et catastrophes. Armand Colin, 46(127), 106-107. DOI: https://doi.org/10.7202/023025ar
Di Giulio, G., Figueiredo, B., Ferreira, L., Macnaghten, P., Mañay, N., & Anjos, J. (2013). Participative risk communication as an important tool in medical geology studies. Journal of geochemical exploration, 131, 37-44. DOI: https://doi.org/10.1016/j.gexplo.2012.06.005
Dubois-Maury, J., & Chaline, C. (2002) Les risques urbains. Armand Colin, 48(133), 92-93. DOI: https://doi.org/10.7202/009765ar
Escada, A. B., Andrade, D. C. (2023). (Des)Caminhos do setor elétrico no Brasil e a mudança global do clima. Revista Iberoamericana de Economía Ecológica, v. 36, 43-61.
Esteves, C. (2015). Vulnerabilidade socioambiental na área de ocupação contínua do litoral do Paraná. Ra’ega, 34, 214-245.
Farias, A., Soares, J., & César, C. (2008) Introdução à estatística. (2a ed). Rio de Janeiro, Brasil: ltc.
Farias, A., & Mendonça, F. (2022). Riscos socioambientais de inundação urbana sob a perspectiva do Sistema Ambiental Urbano. Sociedade & Natureza, 34(1), 1-18. DOI: https://doi.org/10.14393/SN-v34-2022-63717
Fiocruz., Fundo Clima., & MMA. (2017). Manual do sistema de vulnerabilidade climática (sisvuclima). Brasil: MMA.
Fiocruz., Fundo Clima., & MMA. (2017). Resultados dos índices de vulnerabilidade dos municípios costeiros gerados pela plataforma sisvuclima para o estado do paraná. Brasil: Fiocruz.
Giddens, A. (2010). A política da mudança climática. Rio de Janeiro, Brasil: Zahar.
Gillroy, J (2002) Justice & nature: Kantian philosophy, environmental policy, & the law. Georgetown University press, Washington, 443 p.
Goudard, G., & Mendonça, F. (2022). Riscos hidrometeorológicos híbridos na bacia do alto Hannigan, J. (2006). Environmental Sociology. Routledge, 21(4), 503-505.
Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., & Anderson, R. E. (2019). Análise de Dados Multivariados. Bookman Editora
Hannigan, J., & Kueneman, R. (1978). Anticipating flood emergencies: A case study of a Canadian disaster subculture. In Quarantelli E. (Eds.). Disasters: Theory and research. London, Reino Unido: Sage.
Holifield, R. (2007). Spaces of risk, spaces of difference: Environmental justice and science in indian country. University of Minnesota, United States of America. Iguaçu–Paraná. Confins: Revista Franco-Brasilera de Geografia, (54). DOI: https://doi.org/10.4000/confins.44833
Inter-Agency Standing Committee - IASC (2008) Human Rights and Natural Disasters: operational guidelines and field manual on human rights protection in situations of natural disasters. Massachusetts Avenue: Brookings-Bern Project on Internal Displacement.
Instituto brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2021) Censos de estimativas de população enviadas ao TCU: tabelas de estimativas para 1º de julho de 2021. Brasil: IBGE.
Iwama, A. (2014). Riscos e vulnerabilidades às Mudanças climáticas e Ambientais: Análise multiescalar na zona costeira de São Paulo-Brasil (Tese de Doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP.
Jain, S., & Singh, V. (2003). Water resources systems planning and management. Amsterdam, Holanda: Elsevier.
Jenkins-Guarnieri, M., Wright, S., & Johnson, B. (2013). The interrelationships among attachment style, personality traits, interpersonal competency, and Facebook use. Psychology of popular media culture, 2(2), 117-131. DOI: https://doi.org/10.1037/a0030946
John, O., Naumann, L., & Soto, C. (2008) Paradigm shift to the integrative big-five trait taxonomy: history, measurement, and conceptual issues. In Jonh, O., Robins R., & Pervin, L (Eds.). Handbook of personality: Theory and research (3a ed.). New York, NY: Guilford press.
Loesch, C. (2012). Probabilidade e Estatística. Rio de janeiro, Brasil: ltc.
Mccright, A., Marquart-Pyatt, S., Shwom, R., Brechin, S., & Allen, S. (2016). Ideology, Capitalism, and Climate: explaining public views about climate change in the United states. Energy research & social science, 21, 180-189.
Mendonça, F. (2004). Riscos, Vulnerabilidade e Abordagem socioambiental urbana: uma reflexão a partir da RMC e de Curitiba. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 10(10), 139-148.
Mendonça, F. (2004). Sistema ambiental Urbano (S.A.U): Uma abordagem dos problemas socioambientais da cidade. In Mendonça, F. (Eds.). (2004). Impactos socioambientais urbanos. Curitiba: Editora UFPR.
Mendonça, F. (2010). Sistema ambiental urbano (S.A.U): Uma abordagem dos problemas socioambientais da cidade (209–218). Curitiba: Editora UFPR.
Mendonça, F. (2011). Riscos, Vulnerabilidades e resilencia socioambientais urbanas: Inovações na análise geográfica. Universidade Federal do Paraná, 7(1), 111-118. DOI: https://doi.org/10.5418/RA2011.0701.0010
Mendonça, F. (2014). Riscos Climáticos, Vulnerabilidades e Resiliencia Associados. Brasil: Paco Editorial.
Mendonça, M., & Freitas, A. (2021). Uma experiência de concepção de jogos pedagógicos para redução de riscos de desastres. Vértices, 23(1), 299-314. DOI: https://doi.org/10.19180/1809-2667
Mileti, D., Drabek, T., & Haas, E. (1975). Human systems in extreme environments. Boulder, Estados Unidos: University of Colorado.
Ministério da Integração Nacional (2012). Anuário brasileiro de desastres naturais. Brasília: Centro nacional de gerenciamento de riscos e desastres (Cenad).
Moore, H. (1964). And the wind blew. Austin, TK: He Hogg Foundation for Mental Health.
Mundim-masini, A. (2017). Personalidade e Risco. Clube de Autores (managed), 132 p.
Norris, F., & Murrell, S. (1988). Prior experience as a moderator of disaster impact on Anxiety symptoms in older adults. American Journal of Community Psychology, 16(5), 665-683.
Okawati, C. (2016). “Geada Negra” de 1975 e o fim da monocultura do café no Norte do Paraná na memória coletiva dos londrinenses. Governo do Estado, Secretaria da Educação, 1, 5-23.
Otto, I., Reckien, D., Reyer, C., Marcus, R., Masson, V., Jones, L. … Serdeczny O. (2017). Social vulnerability to climate change: A review of concepts and evidence. Regional Environmental Change, 17, 1651–1662.
Page, T. (1978) A generic view of toxic chemicals and similar risks. Ecology law quarterly, 7(2), 207-244.
Passos, M., & Laros, J. (2015) Construção de uma escala reduzida de cinco grandes fatores de personalidade. Avaliação psicológica, 14 (1), 115-123.
Paz, O. L. de S. da, Silva , E. do N., & Paula, E. V. de. (2024). Evolução da paisagem e adaptação do território: o caso da planície do rio jacareí após o evento extremo “águas de março” de 2011. Revista Eletrônica Da Associação Dos Geógrafos Brasileiros, Seção Três Lagoas , 1(38), 11-43. DOI: https://doi.org/10.55028/agb-tl.v1i38.18576
Pearce, W., Brown, B., Nerlich, B., & Koteyko, N. (2015). Communicating climate change: conduits, content, and consensus. Wiley interdisciplinary reviews-climate change, 6(6), 613-626.
Petal, M. (2008). Education in disaster risk reduction Education. In Shaw, R., & Krishnamurthy, R. Disaster Management: Global Challenges and Local Solutions (Eds.).
Hyderabad, India: University Press. Robins, R., Pervin, L. (Eds). Handbook of personality: theory and research (3a ed). New York, NY: Guilford press.
Pelling, M. (2003) The vulnerability of cities: Natural disaster and social resilience. Reino Unido: Earthscan.
Picou, S., & Gill, D. (2000). The Exxon Valdez disaster as a localized environmental catastrophe: dissimilarities to risk society theory. In: Cohen, M. (2000). Risk in the modern age: Social theory, Science and Environmental decision Making. New York, NY: Martin ‘s press.
Pinheiro, E. G., & Pedroso, F. F. F. (2016). Construindo um Estado Resiliente: o modelo paranaense para a gestão do risco de desastres. Brasil: Editora Funespar.
Pinheiro, E. G., Cova, G; Frates Simiano, L., Noli da Fonseca, M., & Stringari. D. (2019). Redesastre: A Contribution from Paraná to the Management of Disaster Risk in Brazil. GAR19 Contributing Paper, UNISDR.
Plataforma Brasil (2022). Portal Do Governo Brasileiro. Governo Federal: Ministério da Saúde.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE - PNUMA (2007). Environment and disaster risk: emerging.
Przbylski, C. B. & Monteiro-Filho, E. L. A. (2001). Interação entre pescadores e mamíferos marinhos no litoral do Estado do Paraná- Brasil. Biotemas 14(2), 141-156.
Santos. P. (2023). Legislação e Mudanças Climáticas. Instituto ClimaInfo com o Instrumento de Parceria da União Europeia com o Ministério Federal Alemão para o Meio Ambiente. Recuperado de: https://www.climainfo.org.br/wp-content/uploads/2022/07/Apostila_Legislacao-e-Mudancas-Climaticas.pdf
Software Jamovi (2022). Jamovi Stats Open Now, exe and version: 2.4.2 [Blog]. Recuperado de https://www.jamovi.org/download.html
Survey Monkey (2022). Calculadora de tamanho de amostra [Blog]. Recuperado de https://pt.surveymonkey.com/mp/sample-size-calculator/
Schneider, A. (2020). Visões sobre o risco climático no litoral do Paraná (Tese do Doutorado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR.
Slovic, P., Finucane, M., Peters, E., & MacGregor. D. (2004). Risk as Analysis and risk as feelings: Some thoughts about Affect, Reason, Risk, and Rationality. Risk analysis, 24(2), 311-322.
TucciI, C. (2008). Águas urbanas: Estudos Avançados. Instituto de Estudos Avançados. Universidade de São Paulo, 22(63), 97-112.
TucciI, C. (2012) Gestão da drenagem urbana. Distrito Federal: CEPAL. Escritório no Brasil/IPEA, 2012.
United Nations International strategy for disaster reduction - UNISDR (2015). Marco de Sendai para a redução do risco de desastres. Japão: UNDRR.
United Nations International strategy for disaster reduction - UNISDR (2015). Global assessment report on disaster risk reduction: making development sustainable, the future of disaster risk management. Suíça: Analysis.
Universidade Federal de Santa Catarina e Centro universitário de Estudos e pesquisas sobre desastres (2013). Atlas brasileiro de desastres naturais: 1991 a 2012, volume amazonas (Rev. 2. ed ampl.). Florianópolis: CEPED/UFSC.
Veyret, Y. (2007) Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo, Brasil: Contexto.
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Territorium

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.







