Aplicação das novas tecnologias para o mapeamento da suscetibilidade ao risco da ravina do "Caminho de Ferro" em Luena (Moxico, Angola)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-7723_27-1_6

Palavras-chave:

Erosão, eículo aéreo não tripulado,, istemas de informação geográfica, Luena, ravinas

Resumo

Atualmente, os locais escolhidos para as zonas residenciais obedecem a determinados pré-requisitos, nomeadamente, a proximidade aos locais de emprego, os bons acessos e ao aspeto paisagístico, desprezando muitas vezes a topografia do terreno, como a existência de ravinas ou linhas da água, que se traduzem em zonas de forte suscetibilidade à ocorrência de cheias, inundações e a deslizamentos de terra. Esta problemática é na sua grande maioria potenciada com a errónea intervenção humana, tornando-se urgente tomar medidas para minimizar os danos causados por estes fenómenos. Recorrendo aos Sistemas de Informação Geográfica e aos Veículos Aéreos Não Tripulados, pretende-se com este trabalho de investigação produzir elementos cartográficos que caracterizem de forma intrínseca e extrínseca os locais suscetíveis à erosão hídrica, nomeadamente os mapas, dos estados erosivos, do impacto da chuva e da suscetibilidade à erosão hídrica. A área de estudo trata-se de uma zona de ravina conhecida pelos “Caminhos de Ferro”, localizada na cidade do Luena da província de Moxico (leste de Angola). O modelo apresentado expressa uma suscetibilidade à erosão hidrica muito alta no periodo chuvoso e média no periodo seco, o que pode colocar em risco a infraestrutura do caminho de ferro que liga porto de Lobito à vila de Luau (fronteira com a Républica Democrática do Congo).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agência Lusa (2013, 15 de março). Chuvas fortes no leste de Angola provocaram já seis mortos e milhares de desalojados. https://www.rtp.pt/noticias/mundo/chuvas-fortes-no-leste-de-angola-provocaram-ja-seis-mortos-e-milhares-de-desalojados_n635895. Acesso em: 28 de janeiro de 2019.

ANGOP, Agência Ângola Press. (2013, 15 de março). Chuva interdita circulação do comboio no troço Kuito/Luena. http://www.angop.ao/angola/pt_pt/especiais/reconstrucao-nacional/2013/2/11/Chuva-interdita-circulacao-comboio-troco-Kuito-Luena,871df9ea-b940-450c-a39f-13feb96b65e9.html. Acesso em: 28 de janeiro de 2019.

ANGOP, Agência Ângola Press. (2016, 16 de novembro). Moxico: Chuva desaloja mais de 100 pessoas no Léua e arredores do Luena. http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/sociedade/2016/10/46/Moxico-Chuva-desaloja-mais-100-pessoas-Leua-arredores-Luena,e1182628-9d67-43c1-a683-4896b0d6e77c.html. Acesso em: 28 de janeiro de 2019.

Arnoldus, H. M. J. (1980). An approximation of the rainfall factor in the Universal Soil Loss Equation. An approximation of the rainfall factor in the Universal Soil Loss Equation, 127-132.

Bougonoviae M., Husnjak S., Kusan V., Vidaeek, Z., Sraka M., Alexandra M. (1999). Assessment of soil erosion by water in the Butoniga catchment area in Crotia. En: Bech J (ed.). 6th International Meeting on Soils with Mediterranean Type of Climate. Extended Abstracts. UB Publicacions. Barcelona, 997-999.

CORINE-CEC. (1992). CORINE soil erosion risk and important land resources. An assesment to evaluate and map the distribution of land quality and soil erosion risk. Office for official publications of the European Communities. EUR 13233. Luxemburgo.

Danielson, J. J., and Gesch, D. B. (2011). Global multi-resolution terrain elevation data 2010 (GMTED2010), US Geological Survey. Open File Rep., 2011‐1073, 25 p.

Diniz, A. C. (2006). Características Mesológicas de Angola, Descrição e Correlação dos Solos e da Vegetação das Zonas Agrícolas Angolanas. Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Lisboa, 546 p.

do Ambiente, R. D. E. G. em Angola. (2006).Programa de Investimento Ambiental. Ministério do Urbanismo e Ambiente, 326 p.

Fernández, H. M. N. P. V. (2012). Elaboración de un modelo digital del terreno de la zona norte de la Sierra de Grândola (Alentejo, Portugal) (Tesis Doctoral, no publicado), Universidad de Sevilla, Sevilla.

Ferreira, J. C., Diogo, J. J. (2015). Mitigação do efeito da erosão do solo na cidade do Luena: Contenção de ravinas e gestão sustentável dos solos. In VIII Congresso sobre Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de Expressão Portuguesa, Aveiro. Disponível em: http://www.aprh.pt/ZonasCosteiras2015/pdf/1B4_Artigo_006.pdf. [Acedido em 17 de dezembro de 2017]

Frankl, A., Poesen, J., Deckers, J., Haile, M., and Nyssen, J. (2012). Gully head retreat rates in the semi-arid highlands of Northern Ethiopia. Geomorphology, 173, 185-195.

Gitelson, A. A., Stark, R., Grits, U., Rundquist, D., Kaufman, Y., and Derry, D. (2002). Vegetation and soil lines in visible spectral space: a concept and technique for remote estimation of vegetation fraction. International. Journal of Remote Sensing, 23(13), 2537−2562.

Gonçalves, J. A., Bastos, L. and Yan W. (2015). Georreferenciação direta rigorosa de imagens aéreas com GNSS e técnica de structure from motion. VIII Conferência Nacional de Cartografia e Geodesia, Lisboa. Disponível em: http://viiicncg.ordemengenheiros.pt/fotos/editor2/VIIICNCG/cncg2015_comunicao_77.pdf. [Acedido em 10 de novembro de 2017]

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA E GEOFÍSICA DE ANGOLA - INAMET. (2016). Disponível em: http://ciencia.ao/sistema-nacional-de-ciencia/instituicoes-de-investigacao-cientifica-e desenvolvimento/92-instituto-nacional-de-geofisica-e-meteorologia. [Acedido em 31 de agosto de 2016].

Jordán A. (2000). El medio físico del Campo de Gibraltar. Unidades geoorfoedáficas y riesgo de erosión. (Tesis Doctoral no publicado), Universidad de Sevilla, Sevilla.

Jordán A., Bellinfante N. (2000). Cartografía de la erosividad de la lluvia estimada a partir de datos pluviométricos mensuales en el Campo de Gibraltar (Cádiz). Edafología 7-3, 83-92.

Jordán, A., Zavala, L. M. and Bellinfante, N. (2000). Assesment of the erosion risks in humid Mediterranean areas. In Workshop On Technologies For And Management Of Erosion And Desertification Control İn The Mediterranean Region, Priority Actions Programme, UNEP, Malta, 1-13.

Husnjak, S. (2001). Investigating erosion in the Butoniga River catchment area. Hrvatske vode: časopis za vodno gospodarstvo, 9(35), 127.

Kheir, R., Wilson, J. and Deng, Y. (2007). Use of terrain variables for mapping gully erosion susceptibility in Lebanon. Earth Surf. Process. Landforms, 32, 1770–1782.

Le Roux, J. J., Morgenthal, T. L., Malherbe, J., Pretorius, D. J. and Sumner, P. D. (2008). Water erosion prediction at a national scale for South Africa. Water SA, 34(3), 305-314.

Lesschen, J. P., Stoorvogel, J. J., Smaling, E. M. A., Heuvelink, G. B. M. and Veldkamp, A. (2007). A spatially explicit methodology to quantify soil nutrient balances and their uncertainties at the national level. Nutrient Cycling in Agroecosystems, 78(2), 111-131.

Lowe, D. G. (2004). Distinctive image features from scale-invariant keypoints. International journal of computer vision, 60(2), 91-110.

Marques, M. M. (1977). Esboço das grandes unidades geomorfológicas de Angola. Instituto de Investigação Científica Tropical, Garcia de Orta, Serviços Geológicos, Lisboa, 2(1), 41-43.

Martinez-Casasnovas (2003). A spatial information technology approach for the mapping and quantification of gully erosion, Catena, Elsevier, 50, 293–308.

Martins, B., Lourenço, L. and Monteiro, S. (2018). Natural Hazards in Sao Vicente (Cabo Verde). Journal of Environmental Geography, 11(1-2), 1-8.

Mutowo, G. e Chikodzi, D. (2013). Erosion Hazard Mapping in the Runde Catchment: Implications for Water Resources Management. Journal of Geosciences and Geomatics, 1(1), 22-28.

Nunes, M. S. D. e Quinta-Nova, L. C. (2015). Cartografia do risco de incêndio florestal e do risco de erosão hídrica no concelho de Pampilhosa da Serra. Agroforum, (34), 7-21.

Okou, F. A., Tente, B., Bachmann, Y. and Sinsin, B. (2016). Regional erosion risk mapping for decision support: A case study from West Africa. Land Use Policy, (56), 27-37.

PAP/RAC. (1997). Guidelines for mapping and measurement of rainfall-induced erosion processes in the Mediterranean coastal areas. PAP-8/PP/GL.1. PAP/RAC (MAP/UNEP). Split.

Poesen J. W, Vandaele K. and Van W. B. (1998). Gully erosion: importance and model implications. In: Boardman, J., Favis- Mortlock, D. (Eds.), Modelling Soil Erosion by Water. NATO AS Series, Springer-Verlag, Berlin. I (55), 285–311.

Richards A. J. (1983). Remote Sensing Digital Image Analysis. An Introduction, Springer-Verlag, New York, 127-142.

Shervais, K. and Dietrich J. (2016). Structure from Motion (SfM) Photogrammetry Data Exploration and Processing Manual. Guide. Unavco, 28 p.

Velasco, I., & Cortés, G. (2009). Indices de Fournier modificado y de concentración de la precipitación, como estimadores del factor de riesgo de la erosión, en Sinaloa, México. In Avances en estudios sobre desertificación: aportaciones al Congreso Internacional sobre Desertificación en memoria del profesor John B. Thornes, 431-434. Universidad de Murcia.

Verhoeven, G. (2011). Taking computer vision aloft–archaeological three‐dimensional reconstructions from aerial photographs with photoscan. Archaeological Prospection, 18(1), 67-73.

Zavala, L. M. M. (2001). Análisis territorial de la comarca del Andévalo Occidental: una aproximación desde el medio físico (Tesis Doctoral no publicado), Universidad de Sevilla, Sevilla.

Zhou, Q. and Liu, X. (2004). Error analysis on grid-based slope and aspect algorithms. Photogrammetric Engineering & Remote Sensing, 70(8), 957-962.

##submission.downloads##

Publicado

2020-01-22