O interesse científico e a necessidade de conservação da área do Sampaio (Labruge, Vila do Conde)

Autores

  • Maria da Assunção Araújo Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-7723_4_9

Palavras-chave:

Entalhe basal, plataforma de erosão marinha, neotectónica, terraço marinho, depósitos solifluxivos, depósitos eólicos, castro, educação ambiental.

Resumo

A praia do Sampaio situa-se na freguesia de Labruge, concelho de Vila do Conde, a cerca de 20 km, por estrada, da cidade do Porto. Trata-se de um local onde se encontram aspectos geológicos, geomorfológicos e arqueológicos de grande interesse. A existência de depósitos marinhos do último interglaciar, situados a altitudes diferentes (5 e 9m) sugere fortemente a influência da neotectónica actuando ao longo das fracturas tardi-hercínicas de direcção NNE-SSW que controlam as linhas gerais da morfologia da área. Ligado ao depósito marinho de 9 m de altitude, pode observar-se um belo entalhe basal fóssil (notech, encoche, sapa). A sequência de depósitos de idade würmiana torna-se bastante rara pelo facto de se encontrar um depósito eólico enquadrado por duas unidades solifluxivas.

A área em questão possui também um castro e diversos outros vestígios de índole arqueológica. Trata-se duma praia abrigada relativamente aos ventos de norte. Por tudo isso, e ainda pela sua beleza cénica, trata-se de local bastante frequentado pelos turistas. Se não houver um grande esforço das autoridades locais no sentido da preservação e da educação ambiental dos utentes da praia, muitos destes vestígios estarão condenados a uma rápida deterioração ou mesmo desaparecimento.

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Publicado

1997-09-20

Edição

Secção

Artigos