Impacte do sismo de 28 de fevereiro de 1969 em algumas cidades. Comparações
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-7723_28-2_8Palavras-chave:
Sismo de 1969, impacte em cidades, EMS-98, vulnerabilidade, comparação com outros estudosResumo
Este trabalho incide sobre o estudo do sismo de 28 de fevereiro de 1969. Procedeu-se ao levantamento de toda a informação existente sobre o fenómeno com o intuito de averiguar o seu impacte no território português. Para tal, analisou-se um largo conjunto de edifícios afetados nos distritos de Lisboa, Setúbal e Faro com vista a estabelecer padrões de danos observados de acordo com as descrições diversas, quer noticiadas nos principais jornais da época quer através de outras fontes, nomeadamente elementos soltos consultados nas Câmaras Municipais (Serviços de Proteção Civil), fotografias obtidas em hemerotecas e dados do SIPA. Estes edifícios foram classificados segundo a sua época de construção e tipologia construtiva para, posteriormente, através da Escala Macrossísmica Europeia (EMS-98), associar um índice de vulnerabilidade e um grau de dano. Esta atribuição permitiu determinar as intensidades para os distritos em estudo, seguida da sua comparação com as intensidades obtidas na época e identificar as tipologias construtivas que apresentam mais fragilidades na ocorrência de um sismo de intensidade semelhante, designadamente as construções antigas das zonas baixas de Lisboa, Setúbal, cidades do Barlavento algarvio e nas suas zonas rurais. Foram identificadas 16 vítimas mortais em Portugal Continental, sendo 3 de consequência direta do sismo.
Downloads
Referências
Ambraseys, N. (1985). A Damaging Seaquake in Earthquake Engineering and Structural Dynamics, Volume 13 nº 3. Londres, Inglaterra, p. 421-424.
Arquivo Municipal de Portimão (1969). Inquérito aos estragos causados pelo sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Processo: 005:1969.
Bucho, J. L., Aleluia, A., Guerra, V., Mendes, P. (2019). Memória do Sismo de 1969, 28 de Fevereiro – a noite em que Portugal tremeu. Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros (SMPCB). Setúbal, 12 p.
Custódio, S., Dias, N., Carrilho, F., Góngora, E., Rio, I., Marreiros, C., Morais, I., Alves, P., Matias, L. (2015). Earthquakes in Western Iberia: improving the understanding of lithospheric deformations in slowly deforming region. Geophysical Journal International, 203, no.1, 127-145. DOI: https://doi.org 10.1093/gji/ggv285
Escala sísmica de Rudolph para sismos sentido em navios em Trepa, M. Relatório do inquérito levado a caso nas Províncias de Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve sobre o sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Serviço Meteorológico Nacional. Lisboa, Março de 1969, Anexo VIII e IX.
ESRI Enviromental Systems Research Institute, ArcGIS (2014) – Geographic Information System, Versão 10.3.1, Califórnia, EUA.
Ferreira, M. A. (2012). Riscos Sísmicos em Sistemas Urbanos (Dissertação de Doutoramento em Engenharia Civil). Instituto Superior Técnico. Lisboa, 21-181.
“Fita do tempo” (1969). Listagem cedida pelo Batalhão Sapadores de Bombeiros de Lisboa.
Florido, J. (2019). Effects of the 28th February 1969 Cape Saint Vincent Earthquake from the available documentary sources. Instituto Espanhol, 27 p. Google Earth Pro (2019), Versão 7.3. URL: https://www.google.com/intl/pt-PT/earth/
Grünthal, G. (1998). European Macroseismic Scale 1998 (EMS-98). Cahiers du Centre Européen de Géodynamique et de Séismologie. Volume 15, Centre Européen de Géodynamique et de Séismologie. Luxembourg, 99 p.
Hemeroteca Digital. O Sismo de 1969 na imprensa portuguesa em Hemeroteca Municipal de Lisboa. http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/EFEMERIDES/Sismo1969/Sismo1969.htm [Consultado em Abril de 2019].
INE – Instituto Nacional de Estatística (1964). X Recenseamento geral da população no continente e ilhas adjacentes, Tomo 1, Volume 2, Parte I e II, Lisboa p. 227 a 473.
INE – Instituto Nacional de Estatística (1975). 1º Recenseamento de Habitação: continente e ilhas, 1970, Estimativa a 20%, Lisboa, p. 291-306.
INE – Instituto Nacional de Estatística (2002). Censos 2001 – Resultados definitivos. Quadros de Apuramento (Edifícios–freguesia). Disponível em :https://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=ine_censos_publicacao_det&contexto=pu&PUBLICACOESpub_boui=377750&PUBLICACOESmodo=2&selTab=tab1&pcensos=61969554 [Consultado em Setembro de 2019].
INE – Instituto Nacional de Estatística (2002). Censos 2001 – Resultados definitivos. Região do Algarve. Quadros de Apuramento (Edifícios–freguesia) https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=377828&PUBLICACOESmodo=2 [Consultado em Dezembro de 2019].
Jesus, A. V. (2017). Vila do Bispo: Lugar de Encontros, Vol II (Edição CM Vila do Bispo).
Lourenço, P. B., Oliveira, D., Schueremans, L., Silva, R. (2010). A Construção em Taipa e os Sismos. 8º Congresso de Sismologia e Engenharia Sísmica, p. 1-6.
Marecos, J., Castanheta, M. (1970). Estudo do comportamento de estruturas sob a ação do sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Memórias nº 357, LNEC. Lisboa, 24 p.
Medvedev, S. V., Sponheuer, W. (1969). Scale of seismic Intensity (MSK). Proceedings 4WCEE, 4, vol1, A2-143-153.
Mezcua, J. (1982). Catálogo general de isossistas de la Península Ibérica. Instituto Geográfico Nacional, Madrid, España.
Miranda, J. M., Carrilho, F. (2014). 45 Anos do sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Relatório IPMA. Lisboa, 17 p.
Museu de Portimão (2019). Efeitos do tremor de terra de 1969. Coleção de fotografias. URL: http://pesquisa.museudeportimao.pt/ [Consultado em Março de 2019].
Oliveira, C. S. (2019). Riscos Sísmicos, Aprender com o Passado: O caso de 1969. Em Riscos Sísmicos, Aprender com o Passado, Estudos Cindínicos, (Coord: L. Lourenço e A. Gomes), Riscos - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, Coimbra, 19-46.
Page, R. e Basham, P (1985). Earthquake Hazards in the Offshore Environment. U.S. Geological Survey Bulletin, Volume 10, n.º 3-4, 14 p.
Quintino, J. (1970). O Sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Separata do Boletim do Lababoratório Mineralógico e Geológico, Faculdade Ciências, 11, 265-292.
Santos, A., Fonseca, N., Queirós, M., Zêzere, J. L., Bucho, J. L. (2017). Implementation of Tsunami Evacuation Maps at Setubal Municipality, Portugal. Geosciences, Volume 7, n.º 116. DOI: https://doi.org 10.3390/geosciences7040116
SMPC-Loulé (2019). Serviço Municipal de Proteção Civil de Loulé. Praça da República, 8104-001, Loulé.
SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitetónico. URL: http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SitePageContents.aspx?id=08a335ea-db85-4fdd-862b-fe6e623e44a8 [Consultado em Abril de 2019].
Teixeira, C. (1975). Alguns aspetos geológicos dos efeitos do sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, Volume XIX, Portugal, 239-250.
Trêpa, M. (1969). Relatório do inquérito levado a cabo nas Províncias de Estremadura, Alto Alentejo, Baixo Alentejo e Algarve sobre o sismo de 28 de Fevereiro de 1969. Serviço Meteorológico Nacional. Lisboa, 41 p.
Wood, H.O., Neumann, F. (1933). Modified Mercalli intensity scale of 1931. Bulletin of the Seismological Society of America, vol 2, 277-283.
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2021 Territorium

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.