O espaço-tempo do refúgio forçado: os aldeamentos coloniais na formação do estado?

Autores

  • Tiago Castela Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4112_3-4_1

Palavras-chave:

Refúgio, Europa, Estado, Colonialismo, Aldeamento

Resumo

Em tempos de uma suposta crise de refugiados, é urgente uma genealogia das actuais concepções de refúgio na Europa, examinando como articulam uma racionalidade colonial, elidindo os persistentes circuitos desiguais de trabalho e subjectividade entre estados europeus e territórios historicamente ocupados. O artigo defende que os estudos do ambiente construído podem contribuir para este projecto devido à sua atenção às dimensões do espaço-tempo social de refúgio, relacionando política, desigualdade, e fantasia. Recorda o aldeamento colonial europeu de meados do século passado enquanto espaço de deslocamento forçado que ensaia a relação do estado com o sujeito refugiado, concentrando-se numa revisão da literatura existente sobre o programa de aldeamento colonial português em Moçambique.

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Publicado

2018-12-27

Edição

Secção

Refúgios