António Sérgio: um dissidente em constante busca de sentido

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4112_3-7_10

Palavras-chave:

Memória individual, Autobiografia, Romantismo, Racionalismo, Cidadania

Resumo

No pensamento de António Sérgio a memória individual ocupa aparentemente um lugar insignificante. No contexto de uma obra tão variada tudo parece obedecer a um ideal racionalista unitário de coerência íntima, a um impulso para a cidadania e expectativa de futuro melhor – o que se compreende se atendermos à intencionalidade de progresso, à marca libertária e à sede de absoluto que percorre o seu ideário. No entanto, a releitura de passagens autobiográficas esquecidas – modo de se observar a si mesmo e de se confrontar com o seu segredo íntimo – revela um complexo auto-retrato em que se torna evidente a necessidade de autojustificar o apelo de acção, a par de uma dimensão que durante muito tempo lhe foi negada: a marca romântica e mística de um dissidente das elites políticas e intelectuais do seu tempo, relativamente a uma mentalidade dominada pela dimensão material da vida e pela superstição do poder.

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Publicado

2021-07-12

Edição

Secção

Artigo