Diário da peste, de Gonçalo M. Tavares: a (in)sustentável fragilidade do ser

Autores

  • Ana Isabel Correia Martins Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, Faculdade de Letras http://orcid.org/0000-0001-8342-8763

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4112_3-7_6

Palavras-chave:

Diários, Pandemia, Géneros literários, Dissidências, Gonçalo M. Tavares

Resumo

Durante o confinamento, Gonçalo M. Tavares publicou, no jornal Expresso, crónicas diárias, intituladas Diário da peste. Convocando os mapas de Voyage autour de ma chambre, de Xavier de Maistre, e na ressonância do Diário do ano da peste, de Daniel Dafoe, o autor de Uma viagem à Índia comprova a falsa sinonímia entre viagem, périplo, deslocação, percurso, excursão, itinerância, travessia e caminhada. Se as viagens marítimas nos levaram ao outro lado do mundo, este Diário da peste é um convite à navegação metafísica do pensamento, para chegarmos ao outro lado de nós mesmos, para nos repensarmos nas nossas fraturas enquanto indivíduos e sociedade. A pandemia fomentou dissidências ontológicas, sociais, políticas, entre outras, tornou-nos hostes (inimigos/estrangeiros) até de nós mesmos. Iremos reflectir primeiramente sobre a labilidade e dissidência genológica na produção literária do autor, em seguida, faremos uma leitura orgânica destes Diários, explorando as várias dissidências em torno dos principais topoi da obra.

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Biografia Autor

Ana Isabel Correia Martins, Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos, Faculdade de Letras

Investigadora integrada no Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos. 

Pós-doutoranda da Fundação para a Ciência e Tecnologia. 

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Publicado

2021-07-12

Edição

Secção

Artigo