Uso e Cobertura da Terra na bacia do Rio dos Mangues
Ocupação Agrícola em Área Pré-Litorânea Tropical Úmida
DOI:
https://doi.org/10.14195/0871-1623_51_3Palavras-chave:
Cadastro Ambiental Rural (CAR), Mata Atlântica, Análise da Paisagem, AgrossilvipastorilResumo
A área deste estudo é a bacia hidrográfica do Rio dos Mangues, localizada ao norte do município de Porto Seguro, Bahia, com uma área de 35,12 km². O objetivo foi analisar a dinâmica do uso e cobertura da terra entre 1990 e 2022 na bacia do dos Mangues, utilizando dados vetoriais do Fórum Florestal Baiano e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A metodologia envolveu a delimitação da bacia hidrográfica a partir do processamento do MDE Alos Palsar com resolução espacial de 12,5 m, corrigido e reprojetado para o DATUM SIRGAS 2000, UTM zona 24S. A segmentação da bacia foi realizada no QGIS 3.22, criando 10 unidades de paisagem distintas. A análise multitemporal utilizou dados vetoriais do Fórum Florestal Baiano, com classes temáticas definidas pelo Manual Técnico de Uso da Terra do IBGE, abrangendo áreas agrícolas, pastagens, silvicultura e outros usos. Dados do SICAR, atualizados até 2024, foram processados no QGIS para analisar a distribuição espacial dos imóveis rurais e identificar padrões de ocupação agrícola. Os resultados indicam uma redução contínua da cobertura florestal, que passou de 43,52% em 1990 para 41,74% em 2022, e um aumento das áreas agrícolas, de 9,81% para 12,57% no mesmo período. A análise dos diferentes segmentos da bacia revelou variações, com nas áreas localizadas à oeste da bacia hidrográfica, onde foi observado as maiores conversões de pastagens para áreas agrícolas devido à criação de assentamentos de reforma agrária. A bacia hidrográfica do Rio dos Mangues está sofrendo uma conversão significativa de áreas florestais e pastagens para áreas agrícolas devido às políticas de reforma agrária. Essa mudança afeta a gestão ambiental e a conservação da bacia. O comprometimento da drenagem superficial, além de impactar os ecossistemas locais, pode prejudicar o abastecimento público municipal. Portanto, é essencial implementar práticas de manejo sustentável para assegurar a disponibilidade de recursos hídricos e a integridade ecológica da bacia.
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