Jean de Rouen architect. The dome as reason and science in devotional construction

Autores

  • Maria de Lurdes Craveiro Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/2182-844X_7_5

Palavras-chave:

Arquitetura, escultura, João de Ruão, cúpula, Renascimento

Resumo

A cobertura do espaço devocional com a opção da cúpula constitui uma estratégia do desenho arquitetónico que se afirma em Coimbra e em Portugal com a chegada de Jean de Rouen. Tema oriundo da cultura clássica e sempre conotado com a centralização dos planos, caberia a Jean de Rouen introduzi-lo na plasticidade retabular que organiza o mundo devocional na igreja cristã do século XVI. Mas, ao mesmo tempo que a dimensão cósmica aí instalada capta a natureza científica do discurso, ultrapassa também a fronteira “bidimensional” do retábulo. Rapidamente, a solução da cúpula passaria a integrar um conjunto harmónico entre o espaço criado e as formas e entre os elementos de arquitetura e o ornamento e a decoração. Com particular incidência na região centro de Portugal e na área de atuação de Jean de Rouen, as novas capelas erguidas passariam frequentemente a adotar um sistema de cobertura a partir do qual se reconhece a marca do artista francês. Identificase também um carácter erudito e apoiado na sua presumível formação na Normandia e em todos os contributos fornecidos pela Itália do Renascimento e pela tratadística. Mais do que um mero escultor de figura avulsa ou retabular, Jean de Rouen está talvez mais preocupado com a definição do espaço e com as questões relacionadas com a proporção e o equilíbrio no usufruto do espaço.

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Publicado

2020-12-28

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