A CASA DE TAIPA NO LITORAL SUL DE ALAGOAS: REGISTROS ESCRITOS E VISUAIS
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-844X_1_10Palavras-chave:
Arquitetura em terra, taipa, patrimônio imaterialResumo
A técnica da taipa de sopapo consiste na produção de um arcabouço de madeira prenchido com terra. Foi implantada durante o período de colonização do Brasil, pelos portugueses, possivelmente trazida da África, e ainda é utilizada no Nordeste do Brasil. Nos pequenos povoados, nas áreas rurais e mesmo na periferia de grandes cidades, surgem as casas edificadas com esta técnica, prolongando-se às vezes por ruas e partes de bairros. Ainda restam exemplares construídos dentro de um proceder que atravessou os séculos mas, com o avanço da consciência ecológica e dos próprios mecanismos de proteção de determinadas áreas por seu valor ambiental – que proíbem a extração da madeira do mangue, por exemplo – e outras modificações sócio culturais em andamento no Brasil, ocorreram modificações no processo construtivo. Tais mudanças, muitas vezes resultam em edificações de caráter bastante frágil. Portanto, vislumbra-se em horizonte próximo o ocaso desta prática construtiva, o que demanda um registro urgente dos procederes vinculados à mesma.
A historiografia acerca da arquitetura de terra no Brasil, em especial de suas técnicas, ainda é bastante escassa. Contudo, a presença material das casas de taipa permite que elas mesmas, na sua existência concreta, sirvam de ferramenta de investigação. Além disto, o recurso à história oral e os registros de caráter audio-visual têm se apresentado como formas bastante operacionais de resgatar informações para a escrita de uma história da tecnologia da arquitetura vernacular, ao mesmo tempo em que constituem, em si mesmos, documentos de memória.
O objetivo desta comunicação é a apresentação dos resultados obtidos em pesquisa realizada no povoado de Poxim, situado ao sul de Alagoas, Brasil, onde foi possível o registro de importantes aspectos do patrimônio material e imaterial vinculados à produção da taipa, tanto na construção de casas de moradia como em “casas de farinha”, locais de fabrico de um alimento básico na refeição brasileira. A investigação resultou em um trabalho acadêmico textual e em registros no formato áudio visual.
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