CORPOS ESTRANHOS: DIFERENÇAS ÉTNICAS E CONSTRUÇÕES RACIAIS NA CULTURA VISUAL DO RENASCIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.14195/2182-844X_2_5Palavras-chave:
Cultura visual, Renascimento, Iconografia, Figuração do índio, Homem selvagemResumo
É no Renascimento que a Europa, influenciada pelas viagens de navegação e exploração, manifesta uminteresse renovado pela representação do corpo extra-europeu. A inclusão de novos continentes no campo
de visão europeu dará origem a novas formas de representação, que correspondem por vezes a formas
de não-visão, ou de visão distorcida. A Europa irá representar o corpo estranho do Outro, negociando a
sua imagem de forma a incorporar spolia e exotica, mas não se esgota nestas “excentricidades”. Saberá
também classificar a novidade dentro de categorias familiares, procurando proximidades e semelhanças
que assumem os costumes europeus como ponto de partida.
O nativo americano não é assim construído como um Outro radicalmente diferente, mas antes traduzido
num arquétipo familiar, governado pela lógica da similitude e conformado aos mundos estranhos, mas
relativamente confortáveis para a mente europeia, já antes imortalizados nos textos da Antiguidade e
continuados nas narrativas de viagens mais recentes.
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Publicado
2015-04-14
Edição
Secção
II - Entre Deuses e Demónios
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