“É um Império Fascista”. Alguns aspetos para discussão sobre a natureza do colonialismo italiano durante o período fascista
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8622_24_3Palavras-chave:
Colonialismo italiano, Fascismo, Colonização africana, Colonialismo comparado, Colonialismo dos colonosResumo
A 9 de maio de 1936, num dos seus mais célebres discursos proferidos da varanda do Palazzo Venezia, em Roma, Mussolini anunciou à Itália e ao mundo que a nação “tinha finalmente o seu império”. As tropas italianas tinham entrado em Adis Abeba alguns dias antes; Haile Selassie, o rei dos reis da Etiópia, tinha fugido para o exílio. As palavras do Duce foram transmitidas para todo o país e multidões reuniram-se em todas as praças de Itália, onde altifalantes - dezasseis tinham sido instalados na Piazza Duomo, em Milão, por exemplo[i] - emitiam o discurso de Mussolini em tempo real. Nos dias seguintes, os jornais e os noticiários repetiram ad infinitum o que veio a ser chamado de declaração da “fundação do império”. Vittorio Emanuele, que antes era apenas o rei de Itália, passou a ser designado por lei também como “imperador”. Segundo o historiador Renzo De Felice, o filho do ferreiro e antigo socialista, no auge da sua popularidade, recusou a oferta de Vittorio Emanuele para ser nomeado príncipe, informando o monarca de que os Mussolinis provinham de uma longa linhagem de camponeses, facto de que se orgulhava.
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