Os agremiados, os contribuintes e o tecido comercial: Os Grémios do Comércio de Braga e Guimarães, 1944-1955

Autores

  • Jorge Mano Torres Instituto de História Contemporânea, FCSH/NOVA

DOI:

https://doi.org/10.14195/1647-8622_18_4

Resumo

Os grémios, organismos corporativos patronais, surgiram enquadrados no corporativismo e na sua organização, instituído pelo Estado Novo, como uma resposta política e económico-social a uma situação de crise e com perigos à espreita (crise de 1929 e II Guerra Mundial), numa economia com vulnerabilidades estruturais. O regime instaurado defendia uma lógica de organização económica e social, privilegiando o interesse geral, através de uma harmonia entre os vários intervenientes do mercado, que o próprio Estado controlava. É neste contexto político-ideológico que surgem as corporações e os grémios, que iriam controlar as decisões económicas nacionais, constituindo os grémios (a par dos sindicatos nacionais, casas do povo e casas dos pescadores) a base da organização corporativa, tendo como principais funções a representação
profissional e a defesa de categoria económica. Os grémios do comércio de Braga e Guimarães foram oficialmente instituídos em Junho e Abril de 1940, respetivamente, resultando da transformação das anteriores associações comerciais, que estavam ameaçadas de dissolução caso optassem por não aderir
à política corporativa instaurada pelo Estado Novo, vindo a desaparecer após a Revolução de 25 de Abril de 1974, e do consequente desmantelamento da estrutura corporativa. Com recurso aos arquivos de ambos os organismos, na posse das associações comerciais de Braga e Guimarães, tem-se como objectivo analisar o tecido comercial criado pelos organismos bracarense e vimaranense, nas suas dimensões, diversidade e peso económico.

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Biografia Autor

Jorge Mano Torres, Instituto de História Contemporânea, FCSH/NOVA

Jorge Mano Torres, Bolseiro de investigação do Instituto de História Contemporânea – Av. Berna, 26 C, 1069-061 LISBOA; Tel.: (00351) 21 7908300 ext.: 1545; Fax.: (00351) 21 7908308; Email: ihc@fcsh.unl.pt

 Mestre em História pela Universidade do Minho com a dissertação Os comerciantes e o Grémio do Comércio de Guimarães. Dinâmicas associativas, corporativas e comerciais (1939-1969); doutorando no Curso de Doutoramento em História – Especialidade em História Contemporânea, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

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Publicado

2018-03-12

Edição

Secção

Artigos