Da “Débil Presença” ao Fait Accompli: A Organização das Nações Unidas e a Descolonização Portuguesa
A Organização das Nações Unidas e a Descolonização Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-8622_18_6Resumo
Ao envolver-se na questão colonial portuguesa, a Organização das Nações Unidas intensificou as suas iniciativas com o início da guerra em Angola e, posteriormente, nas vésperas da descolonização. Sem negar a importância de outros fatores, pretendemos estudar o impacto das ações desenvolvidas pelas Nações Unidas na independência das colónias portuguesas. O núcleo central do artigo será constituído pelo intervalo de tempo compreendido entre a mudança de regime em Portugal com o 25 de Abril e a admissão
de Angola, em dezembro de 1976, como membro da Organização. A análise reportar-se-á num primeiro
momento ao interesse das Nações Unidas em participar no processo de descolonização e à recusa do seu contributo por Portugal e pelos movimentos de libertação. O segundo momento remeter-nos-á para o período em que o governo português passou a solicitar a intervenção da Organização e em que foi confrontado com os receios do secretário-geral, Kurt Waldheim, quanto a um eventual comprometimento com a situação em Timor e Angola. Subjacente ao artigo estará a tentativa de desmistificar o entendimento que tem sido propagada segundo o qual as Nações Unidas não participaram no processo de descolonização
português.
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