Revisão crítica e comparativa de duas novas edições da Odisseia
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_83_1Palavras-chave:
crítica textual, Grego homérico, morfossintaxe histórica do verbo gregoResumo
Neste artigo estabelece-se uma comparação entre duas edições da Odisseia publicadas por Martin West (2017) e Helmut Van Thiel (2021). Ciente da impossibilidade de tratar cada questão de forma detalhada (discutir cada peculiaridade linguística ou salientar cada opção editorial poderia redundar numa tentativa de reescrever a Grammaire homérique ou de reeditar o próprio texto homérico), reconheço também a inviabilidade de concitar toda a produção bibliográfica existente. Assim, abordarei parcimoniosamente alguns trabalhos e edições, sabendo, porém, que existem outras edições, comentários, artigos e gramáticas consignados ao épico grego. No entanto, ao trazê-los à colação arriscaria tornar este artigo demasiado extenso.
Num primeiro momento, sintetizo os critérios editoriais que pautam as duas edições, teço algumas observações gerais sobre aquilo que as distingue e discuto um conjunto seletivo de passagens divergentes mais pormenorizadamente: o caso de um verso que estava em falta e/ou foi acrescentado (dependendo da decisão tomada) nos manuscritos; três casos nos quais a introdução de duas expressões metricamente equivalentes foram atestadas nos manuscritos; duas observações que incidem sobre o modo através do qual o alfabeto mais antigo pode ter influenciado ou tornado opaco o modo ou o aspeto; uma passagem em que uma forma verbal foi atestada duas vezes tanto no aoristo quanto no imperfeito; dois casos em que se transmitiram dois modos diferentes, que poderiam lançar nova luz sobre a sintaxe histórica do grego (ponto em que West e Van Thiel divergiram) e, por fim, duas passagens nas quais a partícula modal foi usada de uma maneira um tanto ou quanto inesperada.
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