O espectador. Também ele um ‘tipo’ cómico?

Autores

  • Maria de Fátima Silva Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-1718_85_4

Palavras-chave:

espectador, Aristófanes, Acarnenses, Tesmofórias, Rãs

Resumo

Dentro dos testemunhos que conservamos do teatro grego antigo, o espectador é, sem dúvida, o agente que menos bem conhecemos. Temos, mesmo assim, a certeza de que se tratava de um público numeroso e heterogéneo – em idade, origem, formação cultural e, por isso, em expectativa. A comédia antiga abre, sobre este aspeto, um ângulo de visão importante, desde logo pelos apelos diretos que faz aos espectadores, nesse caso extracénicos, os que ocupam as bancadas do teatro. Mas a essa evidência vem juntar-se um outro tipo de testemunho, o que envolve o espectador intracénico, aquele que intervém dentro da ficção teatral como personagem. São casos particularmente expressivos o de Diceópolis, em Acarnenses, o de Eurípides, em Tesmofórias, e sobretudo o de Dioniso, em Rãs.

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Biografia Autor

Maria de Fátima Silva, Universidade de Coimbra

Doutora em Letras pela Universidade de Coimbra, na especialidade de Literatura Grega, com a tese Crítica do teatro na Comédia Antiga. Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tem dedicado a sua investigação à literatura, ao teatro, à historiografia e à filosofia dos Gregos, designadamente a Aristófanes, Eurípides, Heródoto e Aristóteles.

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Publicado

2025-10-03

Edição

Secção

Artigos