Maria Helena da Rocha Pereira leitora de Sophia
um exercício de metacrítica
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_77_9Palavras-chave:
Maria Helena da Rocha Pereira, Sophia de Mello Breyner Andresen, recepção dos clássicos, poesia portuguesa, escrita académica portuguesaResumo
Do labor académico de Maria Helena da Rocha Pereira fazem parte diversos estudos sobre a recepção das literaturas antigas na poesia portuguesa de diferentes épocas, sendo especial atenção concedida à obra de poetas contemporâneos como Eugénio de Andrade, Manuel Alegre, Miguel Torga e — pelo menos desde 1981, com o estudo «Motivos clássicos na poesia portuguesa contemporânea: o mito de Orfeu e Eurídice» (recolhido em 1988 nos Novos Ensaios sobre Temas Clássicos na Poesia Portuguesa) — Sophia de Mello Breyner Andresen, a quem a professora de Coimbra dedicou pelo menos quatro ensaios: «Paisagem real e paisagem espiritual em alguns poetas portugueses contemporâneos», «The classical heritage in contemporary Portuguese poetry: a few examples» e sobretudo «A luz da Grécia» (todos reunidos em 2003 no volume Portugal e a Herança Clássica e Outros Textos). Na interpretação proposta, de exemplar rigor informativo e com um saber imenso, Maria Helena da Rocha Pereira instituiu na obra desses poetas uma linha de leitura que se tornou central na crítica literárias portuguesa, a que não terá ficado alheio o desenvolvimento do tema das presenças clássicas no âmbito da investigação universitária. Assim, sem deixar de mencionar outros trabalhos da crítica sobre o mesmo tema (como a investigação levada a termo por José Ribeiro Ferreira, Fernando J. B. Martinho, Eduardo Lourenço ou Federico Bertolazzi), são o objecto de estudo deste ensaio métodos de análise utilizados por Rocha Pereira ao ler Sophia, a que conclusões chegou sobre a influência dos clássicos na obra da poetisa e como alterou a interpretação da poesia da segunda metade do nosso século xx.
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