Alimentar o corpo, despertar os sentidos
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-1718_77_7Palavras-chave:
sentidos, gosto, medicina neolatina, alimentação, curaResumo
Alimentar o corpo com prazer implica seduzir e estimular os sentidos. Assim sendo, qual o papel conferido ao gosto? A partir de textos neolatinos de médicos portugueses de finais do século XVI e início do século XVII, procuraremos demonstrar numa primeira instância como, ao contrário do Cristianismo, que relega o sentido do gosto para a base da escala, os tratados médicos reconhecem, desde a Antiguidade e até à época moderna, a importância cognitiva do palato na apreensão da substância do alimento, coadjuvado pelo sentido do olfato. Se o alimento que nutre pode ser também um medicamento para o corpo, ou um “alimento medicamentosoˮ, urge seduzir o palato do paciente, porquanto só um palato satisfeito conduzirá à cura.
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