Arquitecturas da Aprendizagem

Abstract

Resumo

Considerando as escolas de arquitectura enquanto concretização do projecto pedagógico em vivência, pretende-se incidir sobre o peso da memória e a acumulação de testemunhos de tempos históricos nas arquitecturas da aprendizagem, numa reflexão sobre o uso clássico, operativo ou prospectivo da história, nas escolas de arquitectura.

Para uma interpretação holística dos significados das escolas será feita uma abordagem aos edifícios em íntima relação com o projecto pedagógico e com o contexto urbano. Pelo que a reflexão focará três níveis, num triângulo Pedagogia/Arquitectura/Cidade.

Cada nível será explorado a partir de escolas inseridas numa perspectiva temporal alargada, de diferentes contextos e lugares, e cujas circunstâncias permitam clarificar posições perante a perpetuação da memória e/ou o desejo pela inovação.

Pretende-se por fim apresentar níveis de convergência e divergência presentes no binómio memória/inovação para as arquitecturas da aprendizagem, explorando casos de estudo paradigmáticos e idiossincráticos de cada foco de abordagem.

Assim, argumenta-se que a acepção da memória, para as escolas de arquitectura como instituição, pode ser coincidente ou dissonante entre as aprendizagens de arquitectura sob a forma de projecto pedagógico, e as arquitecturas da aprendizagem sob a forma de objecto edificado.

Abstract

Considering schools of architecture as the completion of the pedagogical project in a real physical scenario, this paper will address the weight of memory and the evidence of historical times in architecture schools, while reflecting on the classic, operative or prospective use of history.

For a holistic approach to these schools this analysis will focus on the building itself in its relationship with the pedagogical project and the urban context. Hence, this analysis will have three levels of approach, in a triangle: Pedagogy/Architecture/City.

Each level will focus on examples of schools, through an enlarged temporal perspective, from different backgrounds and places, whose circumstances would clarify the decision of perpetuating the memory and/or the yearning for innovation.

Finally, this paper will provide levels of agreement and dissonance in the dichotomy between memory and innovation for architecture schools, by exploring paradigmatic and idiosyncratic case studies of each level of approach.

Thus, it is argued that the approach on memory for the architecture schools as institutions can coincide or differ from the architecture learning processes in the form of their pedagogical project, and the architecture built schools in the form of their built object.