Cfp: Vol. 24 N.º 45 (2024) Perspetivas dos jovens sobre o mundo que os rodeia e contextos de cidadania digital
Título: Perspetivas dos jovens sobre o mundo que os rodeia e contextos de cidadania digital
Editores:
Maria José Brites - Universidade Lusófona, CICANT; maria.jose.brites@ulusofona.pt
Teresa Sofia Castro - Universidade Lusófona, CICANT; teresa.sofia.castro@ulusofona.pt
Paloma Contreras-Pulido - Universidade Internacional de La Rioja (UNIR); paloma.contreras@unir.net
Tópico:
- Crianças, jovens e notícias
- Crianças, jovens e contextos de cidadania digital
Subtópicos:
- Algoritmos e dataficação
- Audiências e notícias
- Socialização, famílias e influência dos pares
- Literacias e notícias
- Desordens informativas
- Resistência às notícias
- Reflexão teórica e perspetivas futuras do campo
- Debates metodológicos
- Media participativos
- Descolonização do campo
- Contextos noticiosos glocais
- Contextos glocais de cidadania digital
Nesta edição especial, pretendemos captar reflexões teóricas e empíricas que clarificam como, porquê e onde os jovens seguem, compreendem e expressam o que está a acontecer no mundo no contexto da cidadania digital e de desordens informativas (Wardle & Derakhshan, 2017). O contexto da pandemia da COVID-19 e de conflitos bélicos recentes aceleraram uma profusão de notícias falsas e de outras desordens informativas (Galan et al., 2019, Frau-Meigs et al, 2017). É, por isso, premente considerar diversas abordagens de investigação que identifiquem o quê, como e os motivos pelos quais jovens de diversos contextos e geografias propõem as suas visões e expressões do que está a acontecer no mundo. Antecipando definições normativas e/ou também descolonizadas do eixo das notícias, pretendemos captar investigações que analisem temas relacionados com as vozes e visões de mundo dos jovens, bem como a sua (des)conexão com as notícias e contextos de cidadania digital.
A pesquisa tem apontado para uma mudança dos ambientes tradicionais do jornalismo, trazendo novas oportunidades de consumo e produção (Clark e Marchi, 2017) e fomentando processos participativos. Ao propor o conceito de "jornalismo conectado", Clark e Marchi (2017) destacam a necessidade de partilhar, de ter uma visão pessoal dahistória da notícia e de criar as suas próprias histórias. Também notam uma rutura entre as necessidades das audiênciasjovens e os meios noticiosos.
Quais são os ambientes sociais nos quais os processos de consumo se enraizam? Mesmo que a influência do grupo de pares tenha um impacto, a família, e em particular os pais, estão no centro do processo de socialização para a busca de notícias e de diferentes visões do mundo (Brites et al., 2017; Edgerly et al, 2018a; Lemish, 2007; Silveira, 2019), incluindo contextos para operar dispositivos digitais (Edgerly et al, 2018a). A auto-socialização é encontrada noutros estudos sobre o consumo de informação pelos jovens, que referem o consumo incidental e de lazer (Boczkowski et al, 2018) e a resistência às notícias (Brites e Ponte, 2018; Edgerly et al, 2018b).
Estes ambientes socioculturais colocam desafios adicionais às marcas noticiosas relativamente aos interesses e expectativas dos jovens. É premente refletir sobre estas questões atuais, nomeadamente a forma como os jovens percecionam e lidam com os algoritmos (Swart, 2021) e quais as suas implicações para os processos de seleção e consumo de informação no quotidiano – e até, em alguns casos, observar o modo como estes conteúdos são utilizados para fins participativos, pró-sociais e de cidadania, dando forma a iniciativas que promovem a mudança social.
Este número especial [preparado no âmbito do projeto Youth, News and Digital Citizenship - YouNDigital (PTDC/COM-OUT/0243/2021); https://youndigital.com] convida ao envio de artigos que abordem teórica e/ou empiricamente estas e outras dimensões, tendo em conta as camadas juvenis na sua diversidade social, educacional, de género e cultural, que reclamam ser estudadas e analisadas na sua relação com os media digitais, as notícias, as plataformas e a cidadania digital.
DATAS IMPORTANTES
Prazo para submissão de artigos: 15 de março de 2024
Processo de revisão: março a junho de 2024
Decisão dos editores: julho de 2024
Data prevista de publicação: outubro de 2024
Os autores devem mencionar o número temático ao qual estão a submeter o artigo.
A Revista Media & Jornalismo (RMJ) é uma revista científica de acesso aberto arbitrada por pares, que opera num processo de dupla revisão cega, estando indexada na Scopus e na Web of Science (Emerging Sources Citation). Cada trabalho submetido será distribuído a dois revisores previamente convidados a avaliá-lo, de acordo com a qualidade académica, originalidade e relevância para os objetivos e âmbito da temática desta edição da Revista. Os artigos podem ser submetidos em Inglês, Espanhol ou Português.
Os manuscritos devem ser submetidos através do website da revista (https://impactum-journals.uc.pt/mj). No acesso à RMJ pela primeira vez, deve registar-se para poder submeter o seu artigo e acompanhá-lo ao longo do processo editorial. Consulte as Instruções para Autores , Condições para Submissão e as Políticas editoriais da revista.
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