Investimento Empresarial em Portugal: Crise e Recuperação

Autores

  • Fernando Alexandre
  • Pedro Bação
  • Carlos Carreira
  • João Cerejeira
  • Gilberto Loureiro
  • António Martins
  • Miguel Portela

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-203X_46_4

Palavras-chave:

Crise financeira, restrições financeiras, investimento, Portugal, empresas zombie

Resumo

Neste texto descrevemos e procuramos explicar a evolução do investimento empresarial em Portugal nos últimos anos. O facto mais saliente nessa evolução é naturalmente a queda abrupta do investimento após o início da crise financeira internacional. Em termos líquidos, o investimento privado tornou-se negativo, só tendo regressado a valores positivos em 2017. A nossa análise sugere que o elemento principal na explicação dessa evolução é o défice de procura face à capacidade instalada. Outro elemento importante tem sido o nível de confiança dos empresários. Pelo contrário, o custo do investimento parece ter um papel relativamente menor, embora o endividamento e o cash flow apareçam como fatores relevantes. As empresas mais dinâmicas são especialmente sensíveis ao cash flow. A nossa análise sugere igualmente que os últimos anos foram caracterizados por uma elevada incidência de empresas “zombie”, embora tenha havido uma redução muito acentuada em 2016. Outra boa novidade recente é o aumento do peso dos setores transacionáveis no investimento. Estes elementos são indicadores de que estará em curso uma alteração estrutural na economia portuguesa.

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Publicado

2018-07-01

Edição

Secção

Artigos