An aesthetics of movement (1870-1930)
DOI:
https://doi.org/10.14195/0872-0851_53_1Keywords:
Experimental Psychology, Aesthetics, movement, sensation, hypnosis, hysteria, unconscious, suggestion, art, danceAbstract
A Psicologia Experimental define um período da autonomia da Psicologia como Ciência e um movimento de ideias, que irradia da Europa para os EUA no arco temporal que se pode balizar entre 1870 e 1930. As provas requeridas para uma clara independência disciplinar vão exigir todo um campo de experiência, um objecto, instrumentos de medida e laboratórios definidos segundo critérios que são os das Ciências da Natureza. Assim se tentam descobrir as grandezas da vida psíquica como sistema, desde logo no que a liga ao mundo da matéria pelas sensações e movimentos. Os sujeitos, em laboratório, submetem‑se a medidas rigorosas das variáveis das suas reacções sensório‑motoras a estímulos e os estados psíquicos são investigados nas suas formas imediatas para a consciência. Eis uma parte do campo da Estética de origem filosófica, com os seus temas gnosiológicos e metafísicos, transformado no domínio das provas da autonomia do sistema psíquico e da sua disciplina académica. Mesmo que sob fortes reservas de Wilhelm Wundt a investigação da linha francesa da clínica psiquiátrica da Salpêtrière, ou a escola de Nancy, dedicadas ao estudo de doenças mentais, como a histeria, com o auxílio da hipnose, reivindicava o mesmo título de “Psicologia Experimental”. Entre todos os temas de estudo, aquele que se pode considerar a chave‑mestra ou o problema central dos investigadores e teóricos é o da relação entre sensação e movimento. Este é um tema em que se revela bem a densidade conceptual da tradição estética da História da Filosofia e o seu conceito da unidade do Homem. No contexto clínico do tratamento da histeria com hipnose da Salpêtrière está em curso a formação moderna do meio da relação terapêutica. Um dos conceitos que serve para o conceber é o de sugestão. Esta categoria está do continuum antropológico que a experimentação psicológica não destrói, mas aproveita. Ela não ajudará apenas a conceber o pacto terapêutico como relação puramente psicológica e afectiva, mas ainda vai servir para traduzir o meio da arte como meio irreflectido e emocional. As artes do movimento, e a dança em especial, são os tipos eleitos para rever, como drama, a relação entre movimentos, gestos, sensações e emoções numa época em que o meio da arte é irreflexivo e, por norma, não participa na mensagem da própria arte.
embebida nos pressupostos metafísicos
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