A Vergonha na Narrativa do Pour-Soi. Sobre L’Être et le Néant
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_41_15Palavras-chave:
Vergonha, Cogito Pré-Reflexivo, Para-Si, objectificaçãoResumo
Expõe-se neste ensaio o sentido da inclusão de uma impressão de vergonha como pedra de toque afetiva que reverte a tentação solipsista que ameaça qualquer projeto de uma filosofia transcendental, ao mesmo tempo que se enquadra a respetiva relevância na narrativa conceptual do «cogito», traçada por Sartre em O Ser e o Nada. São preservadas duas notas metodológicas sobre a interpretação da obra, que poucas vezes sobrevivem em reconstruções parciais de alguns dos seus temas mais relevantes. Por um lado, preserva-se o aspeto estritamente descritivo da afeção de vergonha e o que esta revela sobre a subjetividade como formalmente entendida por Sartre; por outro, mantém-se aqui uma fidelidade teórica às diferentes etapas da narrativa conceptual do Pour-Soi, que Sartre herda da tradição idealista e adapta às principais necessidades de uma descrição fenomenológica das diferentes fases da nossa experiência do mundo exterior à consciência. O ensaio pretende manter a fidelidade ao papel descritivo atribuído por Sartre à impressão de vergonha no interior da complexa narrativa conceptual do Pour-Soi e respetivos estágios evolutivos e aos detalhes do momento de vergonha isolado para análise e a como se coadunam ou não com a dimensão intuitiva e abordagens teóricas contemporâneas desta tão peculiar emoção moral.
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