A circulação de uma "literatura fascista" na democracia italiana
Os estudos de caso de "Defendi a Pátria" de Graziani e "Vinte anos e um dia" de Bottai
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_42_2Palavras-chave:
neofascismo, circulação literária, legado fascista, Rodolfo Graziani, Giuseppe BottaiResumo
No artigo publicado em The Wiener Library Bulletin em 1991, o historiador e antigo resistente Giorgio Vaccarino abordou a questão da «literatura fascista» que circulava em Itália. Três anos mais tarde, o académico da área da literatura antifascista Giuseppe Tramarollo revisitou a questão em La Voce Repubblicana, declarando-se a disseminação de textos com uma clara matriz fascista era uma ameaça à democracia italiana. Este ensaio procura lançar luz sobre esta circulação, que foi durante muito tempo subestimada pela historiografia e desvalorizada pelo meio fascista pós-1945, que procurou apresentar-se como excluído da arena política. Sem pretender sobrevalorizar a importância da literatura fascista no pós-guerra, este artigo tem como objetivo descrever as suas características, salientando também a tolerância das autoridades e a cumplicidade do mercado editorial, que, ignorando considerações políticas ou morais, ofereceu uma plataforma a muitas personalidades fascistas
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