António de Spínola e a democracia portuguesa. Narrativas sobre o processo revolucionário
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_42_7Palavras-chave:
Revolução portuguesa, Terrorismo, António de Spínola, Democracia, MemóriaResumo
A presente proposta procura analisar a trajetória de António de Spínola após o seu regresso ao país em 1976. Figura aglutinadora da extrema-direita portuguesa, o antigo Presidente da República chefiou o Movimento Democrático de Libertação de Portugal e esteve ligado à onda de violência bombista que se alastrou nos anos 1975 e 1976. No entanto, após o seu regresso sem julgamento em agosto de 1976, Spínola foi reabilitado: reintegrado no Exército em 1978, nomeado Marechal em 1981 e Chanceler das Ordens Militares em 1987. Em 1984, Spínola presidiu a Comissão das Comemorações do 10º Aniversário do 25 de Abril, tornando-se assim o símbolo oficial da Revolução dos Cravos. A reabilitação da figura de António de Spínola pela democracia portuguesa exemplifica a invisibilização das violências de extrema-direita. Procurar-se-á questionar a memória atual do processo revolucionário e os silêncios que nela subsistem, com recurso a arquivos e a imprensa da época.
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