Conspiracionismo de extrema-direita entre Estado Novo e transição democrática (1945-1975)
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_42_6Palavras-chave:
Conspiracionismo, Extrema-Direita, Elite globalista, EStado Novo, Transição democráticaResumo
Durante o Estado Novo e a transição democrática, a extrema-direita portuguesa analisou todas as crises do regime à luz da visão conspiracionista. Herdado da cultura política contrarrevolucionária do Século XIX, o conspiracionismo foi aplicado pela extrema-direita portuguesa a partir de 1945 para desvendar o alegado plano contra o Império português. Neste sentido, a extrema-direita denunciou uma estrutura piramidal e hierárquica controlada pela elite globalista e integrada por diferentes atores nacionais. Embora não exista uma versão única do complô partilhado por todos os protagonistas da extrema-direita, os agentes da conspiração denunciados tendem a ser sempre os mesmos. A extrema-direita portuguesa não trouxe nenhuma contribuição doutrinária ao conspiracionismo elaborado pelas congéneres europeias, mas limitou-se apenas à sua aplicação ao caso português, sem alcançar os objetivos esperados na mobilização, radicalização e liderança das direitas autoritárias e ultramarinistas.
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