EÇA DE QUEIRÓS E A QUESTÃO JUDAICA

Autores

  • Paulo David dos Santos Coutinho Mestre em História Contemporânea/FLUC

DOI:

https://doi.org/10.14195/2183-8925_35_14

Palavras-chave:

Eça de Queirós, Antissemitismo, Filosemitismo, Estereótipo, Préconceito

Resumo

Diz a nota que anuncia este número da RHI que se fronteira é um conceito com uma conotação habitualmente mais geográfica, ele não será menos aplicável ao campo simbólico em que nascem, se desenvolvem e circulam as ideias e os saberes. Efetivamente, se há fronteiras que delimitam territórios, também há outras que moldam e determinam mentalidades. Com este texto sobre Eça, pretendemos vir ao encontro deste mote. Em que medida, o facto de ter nascido num país mediterrânico, palco privilegiado da atuação do Santo Ofício, e exercer funções consulares em Newcastle – numa sociedade mais globalizada e tolerante que a alemã da época –, em que medida estas circunstâncias influenciaram o discurso e o pensamento de Eça em relação à Questão judaica e às perseguições antissemitas ocorridas em 1880 na Alemanha? Partindo da análise do pensamento da intelectualidade europeia desta época; partindo de uma breve análise sociológica da situação dos judeus na Alemanha, avançámos para a análise do discurso de Eça, plasmado sobretudo em dois artigos que escreveu em 1880 para a Gazeta de Noticias do Rio de Janeiro. Interessou-nos saber qual o posicionamento de Eça: antissemitismo ou filosemitismo? Interessou-nos igualmente ver se o seu discurso encerrava novidade ou era antes um repositório de estereótipos e preconceitos. O resultado foi surpreendente, não obstante a ambiguidade tão característica do autor…

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Publicado

2017-09-17

Edição

Secção

Artigos