A construção de Fátima
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_36_9Palavras-chave:
Fátima, Papa(s), Nossa Senhora, Igreja Católica, PolíticaResumo
Mais de cinco milhões de pessoas por ano, em Fátima, fazem do santuário um dos mais concorridos do mundo. Há 100 anos, três crianças contaram que viram a mãe de Jesus. Pode isto ser verdade? Será Fátima uma mentira? Ou é uma construção? O artigo procura analisar alguns dos elementos que fizeram do fenómeno o que ele é: a linguagem religiosa da época, marcada por medos e rituais; a oposição da imprensa republicana, que seria a maior divulgadora inicial do fenómeno; a linguagem anticomunista, num contexto de violentas perseguições aos cristãos; os anseios de paz, presentes desde o início e que atravessaram o século, até à Guerra Colonial; e o discurso dos papas que, em visita ao santuário, destacaram ideias diferentes das que estavam presentes no discurso fundador – culminando no Papa Francisco que, em 2017, criticou mesmo a ideia da «santinha» a quem se pedem favores a baixo preço.
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