“Emissário de um rei desconhecido”: Sentidos do exílio no Sebastianismo concebido por D. João de Castro (1604-1605)
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_38_2Palavras-chave:
Exílio, Sebastianismo, União Ibérica, D. João de CastroResumo
O presente artigo reflete sobre o exílio do letrado português D. João de Castro (1550?-1628?) durante a União Ibérica (1580-1640), período em que Portugal esteve politicamente vinculado à Monarquia Hispânica. Para isso, analisa-se a obra intitulada A Aurora da Quinta Monarquia (1604-1605) no intuito de apreender alguns dos possíveis significados das experiências vivenciadas durante seus deslocamentos pela Europa, particularmente na França, onde o fidalgo permaneceu por maior período de tempo. Conclui-se que o desterro de Castro, imputado pela literatura especializada como o criador do sebastianismo, se expressou, no plano discursivo, como penitência escatológica (individual e coletiva), capaz de remediar os supostos males da distância por meio da elaboração de um projeto político de caráter messiânico que colocasse termo ao domínio castelhano sobre Portugal.
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