Exílio e liberdade na poesia de Manuel Alegre
DOI:
https://doi.org/10.14195/2183-8925_38_4Palavras-chave:
exílio, Manuel Alegre, poesia, liberdade, errânciaResumo
O exílio, afastamento forçado da própria pátria (desterro), tem sido sentido e vivido de modo diferente ao longo dos tempos. No século XIX, os românticos enriqueceram semanticamente a palavra ‘exílio’, ligada a perseguições políticas das quais tantos deles foram alvo, com a noção de um exílio existencial representativo da experiência de se sentirem estrangeiros em todo o lado, inclusive na sua própria terra. Todavia existe um exílio que precede estes dois, essencial à condição humana e de matriz judaico-cristã, e que remonta à expulsão de Adão e Eva do Paraíso. Estas três tipologias de exílio, expostas por Claudio Guillén em O Sol dos Desterrados (1995), servir-nos-ão de guia na análise que nos propomos realizar na poesia de Manuel Alegre, exilado em Paris e Argel entre 1964 e 1974. Trata-se de uma poética em que o tema do exílio é permanente e vai no rastro de uma liberdade individual, coletiva e criativa.
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