Percepção de risco de inundação em áreas de reassentamento: o caso do “Moradias Bonilauri” no município de Pinhais (Paraná, Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.14195/1647-7723_32-1_7Palavras-chave:
Política pública,, vulnerabilidade socioambiental,, desastre,, mudanças climáticas.Resumo
Esta pesquisa busca avaliar a percepção de risco de inundações no Conjunto Habitacional "Moradias Bonilauri", município de Pinhais (Paraná, sul do Brasil), visando compreender como pessoas reassentadas de áreas de risco percebem e lidam com os fenômenos naturais. A pesquisa utiliza abordagem qualitativa, com entrevistas reflexivas realizadas junto a lideranças do conjunto habitacional. As análises enfocam as percepções individuais em relação aos riscos de inundações e os elementos deflagradores desse fenômeno em dois momentos: antes e depois do reassentamento. Os resultados indicam que os entrevistados reconhecem o risco de inundação, muitas vezes atribuindo a causa a fatores naturais e à falta de ação do poder público. Também percebem sua interferência no fenômeno, como o descarte inadequado de resíduos. Portanto, o estudo destaca a complexidade da percepção de risco, influenciada por experiências individuais e contexto social, de modo que a conscientização sobre a ocupação e inundações parece ocorrer após o reassentamento, indicando a necessidade de estratégias para reduzir os impactos na comunidade.
Downloads
Referências
Abreu, N. J. A. de, Zanella, M. E. (2015). Percepção de risco de inundações: estudo de caso no bairro Guabiraba, Maranguape-Ceará. Revista OKARA, João Pessoa, v.9, n.1, 90-107.
Adger, W. N., Quinn, T., Lorenzoni, I., & Murphy, C. (2016). Sharing the Pain: Perceptions of Fairness Affect Private and Public Response to Hazards. Annals of the American Association of Geographers, vol. 106, no. 5, 1079–1096.
Alves, H. P. F., Torres, H. G. (2006). Vulnerabilidade socioambiental na cidade de São Paulo: uma análise de famílias e domicílios em situação de pobreza e risco ambiental. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.20, n.1, 44-60.
Bamberg, S., Masson, T., Brewitt, K., Nemetschek, N. (2017) Threat, coping and flood prevention – A meta-analysis. Journal of Environmental Psychology, 54:116–126.
Beck, U. (2008). La sociedad del riesgo mundial: em busca de la seguridad perdida. Barcelona: Paidós Ibérica.
Birkholz, S., Muro, M., Jeffrey, P., & Smith, H. M.2014). Rethinking the relationship between flood risk perception and flood management. Science of the Total Environment, vol. 478, 12-20.
Botzen, W. J. W., Aerts, J. C. J. H., Van Den Bergh, J. C. J. M. (2013). Individual preferences for reducing flood risk to near zero through elevation. Mitigation and Adaptation Strategies for Global Change, vol.18, n.º 2, 229–244.
Buchecker, M., Ogasa, D. M., Maidl, E. (2016). How well do the wider public accept integrated flood risk management? An empirical study in two Swiss Alpine valleys. Environmental Science & Policy, vol. 55, 309–317.
COHAPAR - COMPANHIA DE HABITAÇÃO DO PARANÁ (2016). Plano Estadual de Habitação de Interesse Social – área de conjunto habitacional degradado. Paraná, (Relatório).
Cools, J., Innocenti, D., O’brien, S. (2016). Lessons from flood early warning systems. Environmental Science and Policy, vol. 58, 117–122.
De Boer, J., Botzen, W. J. W., Terpstra, T. (2014). Improving flood risk communication by focusing on prevention-focused motivation. Risk Analysis, vol.34, n.2, 309-322.
Diakakis, M., Priskos, G., Skordoulis, M. (2018). Public perception of flood risk in flash flood prone areas of Eastern Mediterranean: The case of Attica Region in Greece. International Journal of Disaster Risk Reduction, vol.28, 404-413.
Feldman, D., Contreras, S., Karlin, B., Basolo, V., Matthew, R., Sanders, B., Luke, A. (2016). Communicating flood risk: looking back and forward at traditional and social media outlets. International Journal of Disaster Risk Reduction, vol.15, 1-24.
Fonseca, M. N., Ferentz, L. M. S. (2020). Percepção sobre as consequências e prejuízos de inundações: estudo aplicado em Pinhais, Paraná. Revista Brasileira De História e Ciências Sociais, 12(23), 415–443. DOI: https://doi.org/10.14295/rbhcs.v12i23.11135
Fonseca, M. N., Garcias, C. M. (2020). Flood risk communication: a fundamental tool for disaster risk management. DRd – Desenvolvimento Regional em debate, v.10, 1139-1159. DOI: https://doi.org/10.24302/drd.v10i0.2882
Fonseca, M. N., Ferentz, L. M. S., Garcias, C. M. (2021). Caracterização do município de Pinhais (Paraná) e a ocorrência de desastres hidrometeorológicos. GeoUERJ, n.º 39. DOI: https://doi.org/10.12957/geouerj.2021.51508
Fonseca, M. N., Silva, L. P., Garcias, C. M. (2022). Flood risk communication. Mercator, Fortaleza, v.21, e21027. DOI: https://doi.org/10.4215/rm2022.e21027
Fonseca, M. N. D., Garcias, C. M., & Silva, L. P. D. (2023). Avaliação dos fatores que influenciam na percepção de risco de inundação: uma revisão sistemática de pesquisas empíricas. Confins. Revue franco-brésilienne de géographie/Revista franco-brasilera de geografia, (58). DOI: https://doi.org/10.4000/confins.50531
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2020). Aglomerados subnormais 2019: classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à covid-19. IBGE. 33p.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2010). Censo 2010. Consultado en: http://censo2010.ibge.gov.br/en/
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA e CEMADEN - CENTRO NACIONAL DE MONITORAMENTO E ALERTAS DE DESASTRES NATURAIS (2018). População em áreas de risco no Brasil. 91p
PMF - PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS (2010). Plano de Habitação e Regularização Fundiária: Diagnóstico – Parte I.
Rego, T. L., Barros, J. R. (2014). Alagamentos e inundações em Goiânia: uma análise a partir da imprensa local e dos registros da defesa civil. Revista Formação, Presidente Prudente, v.1, n.º 21, 170-185.
Rufat, S., Botzen, W.W. (2022). Drivers and dimensions of flood risk perceptions: Revealing an implicit selection bias and lessons for communication policies. Global Environmental Change, 73.
##submission.downloads##
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Territorium

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.