Pax Iulia: A cidade romana de Beja em período romano-republicano

Resumo

Em linhas gerais, com base nos dados arqueológicos recolhidos no centro da cidade de Beja, na área do Conservatório Regional de Música do Baixo Alentejo, é hoje possível acompanhar o processo dinâmico do tecido urbano ocorrido na cidade de Beja e seguir com algum detalhe o processo de fábrica urbana.

Ultrapassada que está a questão da ocupação pré-romana de Beja, a avaliação coordenada de materialidades e estratigrafia arqueológica com morfologia urbana, documentos e cartografia histórica, permite aferir os processos transperiódicos e transculturais que enformam o processo de construção da cidade de Beja na longa duração. 

Mesmo não sendo ainda muito abundantes os testemunhos, aqueles que hoje analisamos, permitem-nos introduzir a dinâmica socio-espacial que ocorre em Beja, em meados do século I a. C.. 

Adoptando uma metodologia particularmente atenta à articulação entre permanência e mudança da forma urbana, a nossa abordagem arqueogeográfica introduziu o busto de Cesar identificado em Beja como elemento integrado de entendimento da vida urbana em Pax Iulia.